18dez2009 | 15h32 | Internacional

Renas de Papai Noel vão a Copenhague fazer lobby pelo aquecimento global

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Duas em três renas mágicas sonham em ser modelo da Salinas

Copenhague – As nove renas voadoras de Papai Noel ainda estão na capital dinamarquesa num esforço final para convencer os últimos delegados da Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática a não aceitar quaisquer metas de emissão de carbono. “Você já foi à Lapônia?”, perguntou a rena Rodolfo, líder da delegação, ao representante de Tuvalu. "No inverno, amanhece às 11h47 e escurece às 12h05. A gente fica com neve até a galhada.” Rodolfo exibiu um abaixo assinado dos elfos mágicos da oficina de Papai Noel em que ameaçam entrar em greve caso a temperatura das montanhas Korvatunturi, onde trabalham, não aumente em no mínimo três graus Celsius até o Natal de 2010. A rena líder deixou claro que a comunidade dos trabalhadores da indústria natalina reivindica o direito de beber drinques com abacaxi e guarda-chuvinhas sem precisar se deslocar para as regiões mais tropicais do planeta. “Nosso sonho é que o clima permita uma reengenharia da Lapônia. Queremos que a região se transforme num paraíso havaiano, com cassinos imensos e surfistas bem apessoados”, disse Rodolfo, que na verdade é uma rena-fêmea. Dançarina, Empinadora, Raposa e Corredora, que também faziam parte da comitiva, e são machos, protestaram pelo fato de nunca terem visto uma moça de biquíni. “Também nunca passamos filtro solar!, trovejou Dançarina, dando um murro na mesa com os cascos. Por fim, as renas exigiram que a imprensa as trate apenas pelos seus nomes ingleses: Rudolph, Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donner e Blitzen. “Acham que eu sou transexual”, disse Dançarina, mostrando os peitorais musculosos. “Deixei de namorar muita rena bonitinha por causa do nome que me deram lá no Brasil.”