20jan2010 | 19h41 | Economia

Programa de computador Microsoft Niemeyer resiste a mais um bug

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Contrariando as expectativas mais pessimistas, o programa de computador Microsoft Niemeyer 10.2 resistiu sem celeumas ao que vinha sendo chamado de “O bug da década”. “Do ponto de vista tecnológico, é realmente extraordinário. Estamos surpresos e perplexos”, destacou o presidente da Associação dos Arquitetos Frustrados, Herculano Chateaubriand, lembrando que esse foi o segundo bug enfrentado pelo software de arquitetura. “Dez anos atrás, quando se falava em bug do milênio, dava-se como certo que o Microsoft Niemeyer [na época 9.2] não resistiria à passagem de 1999 para o ano 2000.” Não foi o que aconteceu. “O Office pifou, o DOS foi aposentado, o Excel perdeu importância, mas o Microsoft Niemeyer passou a ser cada vez mais utilizado”, lamentou Chateabriand. Ele diz que embora o programa seja o preferido de políticos país afora, não costuma ser aprovado pela classe dos arquitetos: “É um software limitado, que só trabalha com concreto e vidro, e que faz todos os projetos baseados na Igreja da Pampulha. Se o arquiteto quiser usar bambu, metal retorcido, viga de madeira, terá que se valer de outros meios.” Chateuabriand diz que a Associação dos Arquitetos Frustrados abrirá um processo contra a Microsoft, que, segundo ele, “monopolizou” o mercado nacional com o Niemeyer 10.2. “Se não fizermos nada, eles continuarão atualizando o programa ano a ano, até chegar ao Niemeyer 12.0. Nós, arquitetos, também merecemos o direito de desenhar obras públicas.”