Uma pesquisa nacional encomendada pelos institutos de pesquisa indica que eles são essenciais. “Nossos dados mostram que, quando somos contratados por empresas do setor petrolífero e termoelétrico, o carbono na atmosfera cai em 17%; quando a pesquisa é encomendada por governadores em mandato, somos capazes de diminuir em até 26,5 % a violência urbana. Do ponto de vista da responsabilidade social e da qualidade de vida, está provado que aumentamos em 34% a felicidade de candidatos a vereador e melhoramos em 13% o sabor dos alimentos sempre que trabalhamos para empresas alimentícias”, declarou Amâncio Anastácio, presidente da Federação Brasileira de Institutos de Pesquisa. Anastácio, que veste camisa azul 74,8% dos dias, revelou também que 87,8% dos políticos que não recorrem a institutos de pesquisa não se elegem (dos 12,2% que se elegem sem ajuda de pesquisas, 17% viram alcoólatras), e 88,1% das empresas que não fazem pesquisas qualitativas quebram em menos de dois anos, levando à desgraça 95% dos controladores, 78% dos filhos de controladores, 67,8% dos netos de controladores, até a quinta geração, cujos membros são fulminados 26,8% das vezes. “É preciso pensar nisso”, disse Anastácio, beliscando um salame Frajola (0, 37% do mercado de embutidos), “o empresário que não faz pesquisas é responsável pela miséria de parentes que só nascerão lá por 2310.” A pesquisa foi realizada entre os dias 2 e 10 de janeiro e foram entrevistados 17 mil pesquisadores. A margem de erro é de 2 pontos para cima ou para baixo, o que significa que Anastácio tem até 27,2% de chances de aparecer amanhã com uma camisa lilás.