22fev2010 | 20h13 | Brasil

Futuro governador do DF faz laboratório para o cargo na Papuda

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BRASÍLIA – O desembargador Otávio Augusto, futuro presidente do TJ e quarto na linha sucessória ao governo do Distrito Federal, já está no presídio da Papuda, onde fará laboratório intensivo para enfrentar o papel de governador interino. "É um desafio imenso”, declarou o futuro governador, “a gente assume o cargo e é imediatamente comparado a grandes políticos com prontuários expressivos, como Joaquim Roriz, Paulo Octávio, Jader Barbalho, Garotinho, Fernando Collor, Richard Nixon, Idi Amin Dada, Átila o Huno e agora o Arruda, que virou referência para toda uma geração.” O desembargador contratou a preparadora de atores Fátima Toledo para ajudá-lo na tarefa momentosa. “O Otávio decidiu se entregar completamente ao papel e já no segundo dia roubou o meu celular”, disse a preparadora, feliz com o progresso. Fátima Toledo explicou que como o magistrado jamais pensou em ser governador, ela não tinha como trabalhar a sua memória afetiva. “Não dava para usar Stanislavski, Brecht ou Grotowski. Cheguei a pensar em deixá-lo preso junto com o Arruda e seguir o método do Boal, que pressupõe um diálogo entre oprimidos, mas o ex-governador disse que só falava mediante propina e escondeu meus apontamentos na cueca. O jeito foi a Papuda”, disse. Caso Otavio Augusto não consiga mergulhar no papel, estão na linha sucessória Bernard Madoff, Fernandinho Beira-Mar e um dos irmãos Metralha. Os outros dois declinaram, pois, segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa da quadrilha, "a gente é bandido, mas não precisa exagerar."