25fev2011 | 14h23 | Cultura

PMDB pleiteia Oscar de coadjuvante

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HOLYWOOD, BRASÍLIA – Pressionada pela bancada do PMDB na Câmara, que votou 100% com o governo na aprovação do salário mínimo, a presidenta Dilma Rousseff enviou um comunicado de última hora à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas reivindicando uma homenagem do prêmio Oscar ao, como afirmou, “coadjuvantismo” do PMDB. "Os estúdios ignoraram o carisma de Michel Temer quando procuraram um ator para interpretar o mordomo da Família Addams”, diz o comunicado, escrito pelo cineasta Jorge Furtado. “O bigode do Sarney brilharia mais do que o do Omar Sharif em Doutor Jivago. Nenhum agente do cinema americano valorizou as sobrancelhas dramáticas do Moreira Franco, que fariam dele uma Lassie ideal. É hora do Brasil pleitear seu papel no roteiro das nações".

Uma comissão de cineastas foi formada rapidamente para apoiar o comunicado e o governo: "O filme Limite, do Mario Peixoto, só saiu em 1931 porque o PMDB estava ao lado do governo e da cultura”, declarou Luiz Carlos Barreto. “O partido apoiou uma gama imensa de produções desde as pornochanchadas até essa onda de filmes espíritas", defendeu Carlos Diegues.

Um book de Marcela Temer foi anexado ao comunicado destinado à Academia.