23maio2014 | 17h03 | Brasil

Redatores do piauí Herald aderem à greve

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GLÓRIA – Sensíveis ao delicado momento político vivido pela nação, os redatores deste i-piauí Herald anunciaram na manhã de hoje que entraram em greve por melhores condições de trabalho (sobrei eu aqui, para batucar essas mal traçadas). Aproveitando a visibilidade do país no noticiário internacional, os grevistas reivindicam o fim dos plantões, o uso indiscriminado da citação entre aspas sem mencionar a fonte, a liberação do jabá e uma sala de massoterapia com profissionais 24 horas para desestressar a redação. Querem ainda uma TV de tela plana de 55 polegadas com home theater e pay per-view e uma pausa diária para a troca de figurinhas da Copa – além, claro, da equiparação de seu salário aos invejáveis dividendos do nosso diretor, Olegário Ribamar, que está passeando em Cannes e ainda não sabe de nada disso.

Um grupo de repórteres organizou piquetes à frente da redação entoando “Não vai ter pauta! Não vai ter pauta!” Um deles bradou: “Vamos convocar nossos colegas do jornal O Globo para aderir ao movimento. Sem os comentários carinhosos que lhes dedicamos, eles não têm razão de existir.” Todos reagiram em uníssono, gritando: "O pessoal do Globo/ É meu amigo/ Mexeu com eles/ Mexeu comigo!!!"

Figuras notórias da República presentes nas páginas deste Herald se juntaram aos sete grevistas de nossa aldeia gaulesa. Primeiríssima na fila, Nana Gouveia anunciou que só voltará a sensualizar depois que os redatores receberem pelo menos três jabás cada um. José Serra se comprometeu a dormir oito horas por noite durante a paralisação. Susana Vieira prometeu pegar alguém com mais de 30 anos em solidariedade. E o articulista Ronaldo Azevinha anunciou que só publicará em seu blog vídeos da pantera cor-de-rosa enquanto durar o movimento.

A redação desta nota só foi possível porque o diretor importou a PM do Alckmin e conseguiu fazer valer a lei que garante a publicação de 20% das notícias em casos de paralisação. Os grevistas, no entanto, estão decididos a pôr a violência na rua para impedir o trabalho de jornalistas pelegos, de moral duvidosa e conduta equívoca. Trabalhamos em regime de emergência. Nossos informes podem ser interrompidos a qualquer mo