21jul2016 | 12h32 | Brasil

Eduardo Paes fala em “oportunidade perdida” para empreiteiras após prisão de terroristas ligados ao Estado Islâmico

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PORTO MARAVILHA ─ Absurda, ingênua, infantil, despreparada, sem visão de futuro. Foi com essas palavras que o prefeito do Rio ─ e jurado do Show de Calouros ─, Eduardo Paes, descreveu a ação da Polícia Federal que resultou hoje na prisão de dez pessoas supostamente ligadas ao Estado Islâmico. “O que seria uma morte aqui e outra acolá diante da oportunidade que uma bomba traz à indústria da construção civil?”, esbravejou. “O edifício da catedral, por exemplo, é terrível, horroroso. Cheio de concreto. Basta uma bomba ali, e encomendamos uma nova, branquinha, moderna, sem necessidade de licitação, ao Santiago Calatrava.”

O prefeito ─ e jurado do Show de Calouros ─ conta que chegou a montar uma equipe multidisciplinar em parceria com o adido cultural do EI no Brasil, Olegariussef Hussein Al-Ribamar. “Mapeamos mais de cem pontos que se beneficiariam com a explosão de uma bomba. A cidade de Maricá é outro exemplo. Se caísse uma bombinha ali e depois entrasse a Odebrecht, imagina os benefícios? Dava até para fazer um sítio decente pro Lula.”

Paes não descarta a hipótese de a prisão ter fins políticos. “No fundo, querem associar o Estado Islâmico ao Pedro Paulo, sob o argumento falso de que os dois teriam problemas com mulheres. Mas todo mundo sabe que os líderes do Estado Islâmico e Pedro Paulo são supermaridos.”