“Estuda, mas não mata”, declara Maluf sobre aluno de vestido do ITA
O uso de roupas de mulher por um estudante do Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA) durante a sua colação de grau provocou reações coléricas em um grupo de marechais-do-ar, que, em carta aberta, exigiu que o graduando, Talles Oliveira Faria, fosse suicidado. Paulo Maluf, respondendo à invectiva em sua conta de Twitter, propôs que o estudante, em vez de executado, fosse mantido em cativeiro e estudado.
O ex-prefeito de São Paulo, ademais, também criticou a instituição por ter colado o grau do rapaz “em vez de suas pálpebras, boca ou ânus”. Para o deputado, pesquisar o corpo e a mente de jovens como Talles pode colaborar para compreender “o flagelo do travesti nato, isto é, rapazes que já nascem maquiados e de peruca”.
A carta aberta recebeu o excêntrico apoio da DQD (Drag Queens Direitas), um grupo de cross-dressers “conservadoras e conservadas”, conforme descrição em seu site. Para Janecrilza Capotão, integrante do coletivo, a visibilidade provocada pelo acontecimento é indesejável e contraproducente: “se for para aparecer tombada assim, com esse look famélico, melhor se fantasiar da mulher invisível! Queremos direitos, exigimos um Instituto de Transformismo da Aeronáutica, mas não apoiamos aventureiros sem apuro”.
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