Delação de Cunha inclui navegadores portugueses, índios tukanos e grupo de neandertais
PORÃO DA FUNAI – As ramificações das atividades de Eduardo Cunha vêm impondo desafios à força-tarefa da Lava Jato. Com 17.100 anexos rascunhados, a delação do ex-presidente da Câmara será a mais longa da operação. Os eventos narrados por Cunha incluem desde uma fraude numa licitação para a construção de canoas por um grupo de neandertais que se fixou no que hoje seria o Maranhão (Homo neanderthalensis sarneysus), até esquemas na compra de combustível para um submarino nuclear que só deve sair do papel em 2046.
Duas semanas após o início dos depoimentos, contam-se 8 volumes de 450 páginas cada. Cunha contou em pormenores como articulou junto ao vice-cacique Temeraru a derrubada da titular de uma aldeia tukano. O avanço tupinambá, contudo, levou o ex-deputado e o ex-vice-cacique a serem julgados por um “tribunal vingativo e canibal” — do qual afinal conseguiram escapar porque, à época, não se comia a carne de traidores.
Nos manuscritos do ex-deputado a força tarefa também descobriu que a frase “enquanto houver bambu vai ter flecha” não foi apenas uma metáfora inspirada inventada por Rodrigo Janot, mas um esquema de superfaturamento de material bélico indígena idealizado por Cunha.
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