28jul2017 | 19h05 | Além

Aprovação de “A Voz do Brasil” supera a de um presidente pela 1ª vez na história

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REDE FM E AM – Desde 1935, quando ainda se chamava Programa Nacional, o noticiário radiofônico A Voz do Brasil é odiado. Em 2013, a Fiocruz publicou um estudo em que se verifica a maior incidência de AVCs entre as 19 e 20 horas. O principal culpado? Os enfadonhos boletins dos três poderes.

Há alguns meses, 5 mil ouvintes abriram uma ação coletiva contra a Empresa Brasileira de Comunicação, responsabilizando-a pela narcolepsia que desenvolveram após muitas horas de exposição ao programa. “Não é muita coincidência que Tancredo tenha morrido às 19:03?”, aventou Igor Natusch, advogado da ação.

Até hoje, a taxa de aprovação d’A Voz do Brasil nunca havia ultrapassado os 5%, “de modo que nunca houve presidente menos popular que o noticiário oficial”, afirma Auricélio Penteado, presidente do IBOPE Inteligência. Com Temer, aprovado por 4% da população, é a primeira vez na história que o programa mais odiado do Brasil é mais desejado que o presidente.

“Hoje em dia a Voz do Brasil é o único destino para quem quer ouvir boas notícias sobre o país”, afirma Dona Laurinda, moradora de Copacabana, para quem “diante de tantas notícias horrorosas, é muito relaxante ouvir as nomeações…”. Ao lembrar do que ouvira na noite anterior, a entrevistada cochilou sobre a mesa do buraco, interrompendo seu depoimento.