Mirando 100% de desaprovação, Temer avalia acabar com horário de verão e Zé Gotinha
SARCÓFAGO DO PLANALTO – Na madrugada da última quarta-feira, Michel Temer interrompeu os leilões televisivos de joias, gado e tapeçaria para fazer um pronunciamento intempestivo. Trajando uma mortalha fúnebre de cetim preto em vez do costumeiro paletó, o presidente da República trazia uma camada de creme branco aplicado sobre o rosto.
“Com o fim do inverno e consequente aproximação do verão, os idosos precisam se resguardar de golpes do sol e também do próprio PMDB, que costuma ficar muito assanhado na primavera”, disse o presidente, em tom grave. Anunciou também que, para garantir mais qualidade de vida aos idosos, avalia dar cabo do horário de verão, já que, do contrário, ficarão mais expostos ao sol, já que “não aposentar-se-ão mais”.
O presidente afirmou ainda que a decisão não estava tomada porque ainda se fazia necessário consultar os seus principais consultores, muitos dos quais “estavam de férias na colônia”. Fontes do Planalto confirmam que Temer, desde a prisão de Geddel Vieira Lima, seu ex-ministro, aparenta realmente acreditar que seus correligionários tenham ido para a colônia de férias ao invés da colônia penal.
Ao fim do pronunciamento, o presidente da República comunicou a extinção do Zé Gotinha, o simpático garoto-propaganda da vacincação do Ministério da Saúde. “Não podemos tolerar a presença da Ku Klux Klan no Brasil, ainda que de forma satírica. Meu governo diz não ao whiteface”, disse.
O doleiro Lúcio Funaro, que afirmou em delação ter “110% de certeza” de que Eduardo Cunha repassava propina a Michel Temer, afirmou ter “130% de certeza de que a aprovação do presidente sobe para 100% com essas medidas”, disse desde a sede do seu novo instituto de pesquisas, o DataFun.
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