Rocha Loures pensa em organizar uma maratona com malas de propinas para incentivar a corrupção sustentável

22maio2018 | 18h46 | Economia

Alta no petróleo inflaciona propina da Petrobras em Brasília

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POSTO IPIRANGA – “É Adam Smith, é livre mercado, é a mão invisível do MDB”, explicou o economista Roberto Jefferson, referindo-se à alta recente no preço da propina em Brasília. “O petróleo subiu, a Petrobras engordou o caixa, é natural que haja um reajuste na taxa cobrada pelos parlamentares”, continuou Jefferson, o eterno Bob Jeff da universidade Chicago Bulls de negociação política.

O reajuste de 47% na taxa Selic da corrupção, que foi anunciado hoje pela manhã, só ocorreu depois de longas reuniões entre os integrantes da equipe econômica suprapartidária, que além do PSB de Jefferson, inclui integrantes do PT, do PSDB, do PP, do DEM, dos partidos do Centrão e, claro, do MDB, chefiado pelo presidente de honra Geddel Vieira Lima. A notícia provocou alta na Bolsa, queda no dólar e overbooking na boate Bahamas.

Preocupado com o caixa (2) da Petrobras, o presidente Michel Temer ameaçou congelar o preço da propina. Entidades de defesa do ambiente predatório da corrupção lançaram um manifesto criticando a estratégia do governo de só investir em propina-fóssil, quando o mundo mostra claramente que o futuro está na propina-elétrica, vinda de Furnas, Eletrobras e da usina de Belo Monte. Também estuda-se estocar o vento.