O enfrentamento do mosquito transmissor da zika e da dengue combina métodos convencionais das campanhas de erradicação promovidas ao longo do século XX com novas armas químicas e biológicas, como mosquitos transgênicos, expostos à radiação nuclear e infectados com bactérias FOTO: ALEX WILD_ALEXANDERWILD.COM
A guerra dos cem anos
Por que o Brasil não consegue vencer o Aedes aegypti
Bernardo Esteves | Edição 115, Abril 2016
Às sete da manhã de uma quarta-feira de fevereiro, uma van aguardava a partida estacionada à frente de um supermercado na periferia de Piracicaba, no interior paulista. Dentro do carro, o espaço onde deveriam ficar os assentos estava quase todo tomado por pequenos potes de plástico vedados com tela. Eram mais de 200 recipientes, cada um contendo em média mil mosquitos da espécie Aedes aegypti. A maioria estava pousada nas paredes ou na tampa; alguns voavam no interior do pote. Havia também vários mosquitos soltos dentro da van. “Mas é tudo macho, graças a Deus”, observou o motorista, enquanto terminava de acoplar um tubo plástico a um orifício numa das janelas.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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