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    O lado possessivo e doentio dele começou a prevalecer. Ele ligava e dizia, você viu que sua mãe caiu hoje? Ela caiu hoje porque fui eu que empurrei. Tal dia, tal hora, fui eu que empurrei ILUSTRAÇÃO: PEDRO FRANZ_2016

ficção

Uma novela policial

Era uma voz rouca. Muito distante. Um pouco diferente da anterior. Estranha mesmo

José Luiz Passos | Edição 121, Outubro 2016

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Chegou lá o caso de uma psicóloga que tinha uma clientela bem movimentada. Um dia, ela estava em casa (e tem a história de que ela também não é daqui, é de outra cidade, tem um filho pequeno de 3 ou 4 anos, é uma pessoa carente, que veio de fora, resolveu adotar essa criança, mas, bom, isso é sobre a pessoa dela), enfim, é uma psicóloga renomada, e um dia recebeu uma chamada de alguém que era doente terminal, de câncer de garganta ou de Aids. Era uma doença séria, a dele. Ele disse que tinha sido indicado por outra pessoa, uma amiga dela. Para que ele se tratasse com ela. Só que, pelo fato da doença, não podia se dirigir ao consultório pessoalmente, o atendimento tinha de ser feito por telefone, se ela não se importasse com isso, claro.

Ela respondeu que sim, e insistiu para que ele dissesse quem tinha sido essa pessoa que indicou. Ele não quis dizer, falou que preferia não, que era uma amiga, mas que ele tinha boas referências dela. E ela disse tudo bem, não se importava de conversar por telefone, tinha problema nenhum, então começou o atendimento profissional.

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Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz

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