O dinheiro liberado pelo FNDE para obras que estão paralisadas poderia ser injetado na educação para melhorar o ensino e o desenvolvimento de crianças e jovens. Só de 2019 para cá, 29 obras de escolas e creches autorizadas pela autarquia já foram paralisadas. Ela consumiram até agora R$ 3,2 milhões dos cofres públicos. Ainda assim, foram largadas pela metade.
Esse dinheiro seria suficiente para bancar, por exemplo, a inscrição de 37 mil estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que em 2022 irá cobrar taxa de R$ 85 por participante.
Como a piauí mostrou, parte das obras paradas está se deteriorando, sem uso. Materiais comprados com dinheiro da União, como carteiras e vigas de metal, se desgastam devido à exposição ao sol e à chuva. Em vez de abrigar alunos, essas escolas e creches acabam virando depósito de mato e lixo. O FNDE, enquanto isso, firma convênios para abrir novas escolas em ano eleitoral, em vez de concluir aquelas que estão paradas há anos e que já consumiram praticamente 2 bilhões de reais da União.
Confira aqui os dados completos da seção =igualdades sobre as obras do FNDE.
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Fonte: Transparência Brasil com dados do SIMEC
Editor do site da piauí
Repórter da piauí
É designer e diretora do estúdio BuonoDisegno