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    CRÉDITO: ANDRÉS SANDOVAL_2023

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Bienal do mundo novo

Os primeiros curadores negros da mostra de arte em São Paulo

Tatiane de Assis | Edição 201, Junho 2023

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A baiana Diane Lima chegou sorridente à sala de reuniões no terceiro andar do Pavilhão Ciccillo Matarazzo – seu local de trabalho regular pelos próximos meses –, no Parque Ibirapuera. Seus cabelos crespos, na altura dos ombros, balançavam com delicadeza. Ela tinha acabado de participar naquela quarta-feira, dia 26 de abril, de uma bateria de entrevistas com a imprensa sobre a lista parcial de artistas da 35ª Bienal de São Paulo. Ao lado do antropólogo Hélio Menezes – também baiano –, da artista e escritora portuguesa Grada Kilomba e do historiador de arte espanhol Manuel Borja-Villel, ela integra o quarteto responsável pela curadoria do mais importante evento de arte do país, que será aberto em setembro.

Nas entrevistas, alguns temas dominaram a atenção dos jornalistas. A composição étnica do quarteto de curadores foi o principal, por seu ineditismo. Borja-­Villel é o único branco no time. Desde que foi criada a posição de curador-chefe da Bienal, na 16ª edição, em 1981, nunca houve uma pessoa negra no cargo.

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