Filipe Catto entendeu e incorporou o espírito libertino de Gal Costa em tributo à cantora Foto: Divulgação
Catto canta Gal
Um tributo acurado e original para celebrar Gal Costa
A morte súbita de Gal Costa em novembro de 2022 deixou todo mundo meio desconcertado. Homenagens à cantora tomaram conta das redes sociais, se estenderam para as ruas e ganharam os palcos, através de tributos feitos por músicos de várias gerações. Houve boas tentativas de celebrar Gal, mas a maioria falhou em tentar repetir o seu desempenho vocal sui generis. Apenas um tributo se provou acurado e original: o da cantora gaúcha Filipe Catto.
Catto levou as músicas de Gal para o palco pela primeira vez há um ano, no Sesc de São Paulo, e pouco tempo depois lançou o disco Belezas são coisas acesas por dentro, com um repertório que abarca várias fases da carreira da artista. Algumas gravações soam sujas de propósito, com ares de indie rock. Outras soam dessa forma por causa da produção pouco refinada. Uma vez no palco, tudo – a voz e o comportamento da intérprete, os arranjos, o figurino, a setlist – prova ao espectador que Catto entendeu e incorporou o espírito libertino que transformou Maria da Graça Costa Penna Burgos em Gal Costa.
No corpo de uma mulher trans, com voz de natureza andrógina, Filipe Catto apresenta uma setlist que vai da experimental Não Identificado à romântica Chuva de Prata. Sua verve roqueira coloca o público em êxtase. Quem ainda não assistiu, que assista: atualmente, a cantora tem shows marcados em São Paulo, Belo Horizonte e Lisboa (Porto Alegre estava na lista, mas o show foi cancelado em razão da tragédia que afeta o estado.) Os anúncios geralmente são feitos em sua conta do Instagram, @filipecatto.
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