A Cozinha Transcendental endossa uma dieta saudável e equilibrada, os produtos orgânicos, as folhas em abundância, os filezinhos de peito de frango grelhados, muesli, açaí com xarope de guaraná e essa coisarada toda, é claro. Mas somos também loucos por fast food, sanduíches (a referência aqui é aos pecaminosos como os de pernil e não aos de cenoura ralada com ricota no pão light e sem sal), comida de rua, comida de bar, comida em saquinhos, frituras variadas, pipoquinha doce e outras delícias da culinária arriscada. Como sabemos cozinhar comida de verdade, quando caímos em tentação é por opção e por isso sentimos… zero culpa (alguns sentem muita culpa, mas se controlam ou disfarçam para não desagradar à chefia). Quem torce o nariz para pizza de padaria, coxinha de bar e que, na urgência de atacar um pastel de feira, nunca se arriscou a tomar multa por estacionamento irregular deve pular este post. Hoje vamos recomendar uma pizza de padaria feita em casa que achamos na internet. O pizzaiolo é americano e não é uma celebridade. Mas sabe ensinar direitinho.
A cor do queijo que o rapaz usa é meio sospechosa, é verdade, a pizza não é das mais ortodoxas e existem muitos filminhos ensinando a fazer pizzas ortodoxas, mas e daí? Os ingredientes da pizza sugerida podem ser substituídos e o mais importante é observar a compenetração do jovem cozinheiro ao demonstrar o gesto correto para abrir a massa: nós testamos e comprovamos, o método dele funciona. Aliás, ele explica detalhadamente não só o modo de abrir o disco, como todos os outros movimentos da coreografia que executa para fazer a pizza, além dos utensílios e dos ingredientes. Pela precisão e generosidade, Erik merece os aplausos mais entusiasmados da Cozinha Transcendental. Para falar a verdade, aceitaríamos bem contentes um pedaço da pizza que ele faz.
O fundo musical sugerido tem a vantagem de conferir um ar clássico à execução da pizza: