A internet já é quase onipresente no Brasil. Em 2022, 91% dos domicílios tinham acesso à rede (seis anos atrás, eram 71%). Os hábitos estão mudando junto com a tecnologia. Praticamente metade dos lares brasileiros já têm algum serviço de streaming pago, e cada vez menos pessoas assinam pacotes de tevê por assinatura. Os telefones fixos caíram em desuso: estavam em 33% das casas em 2016, hoje estão em 12%. Curiosa é a persistência do rádio: o aparelho ainda está presente em mais da metade dos domicílios, com destaque para a Região Sul, onde eles ainda são bastante populares. O =igualdades compilou dados da Pnad Contínua, do IBGE, que mostram a transformação tecnológica em curso no Brasil.
Ano a ano, aumenta o percentual de domicílios brasileiros com acesso à internet. Em 2016, eram 70,9%, número que desde então cresceu para 91,5%.
O uso da internet vem crescendo em todos os grupos etários e principalmente entre os idosos. Em 2016, a proporção de pessoas com 60 anos ou mais que tinham acesso à internet era de 25%. No ano passado, segundo o IBGE, já eram 62%.
Em 2022, a Região Norte registrou o menor percentual de habitantes que tinham acesso a um aparelho celular: 78,5%. Entretanto, foi o local onde o índice mais cresceu nos últimos seis anos. Em 2016, só 65% das pessoas tinham um celular.
A quantidade de lares brasileiros que assinam tevê a cabo diminuiu entre 2016 e 2022, mas com uma peculiaridade: a redução se deu apenas nas áreas urbanas. Nas áreas rurais, a tevê a cabo ganhou espaço. O IBGE perguntou às pessoas por que não assinavam mais pacotes de tevê por assinatura. Dos entrevistados, 54% disseram não assinar porque não tinham interesse, 35% consideravam o serviço caro e 9% preferiam acessar conteúdos pela internet.
Entre os domicílios com televisor, 43% assinavam algum serviço de streaming de vídeo no ano passado. Dos lares que tinham esse serviço, 93% assistiam também à tevê aberta, 41,5% tinham pacote de tevê por assinatura, e apenas 5% não tinham nenhum dos dois.
O rádio ainda faz parte do cotidiano de mais da metade dos domicílios brasileiros. O maior percentual foi registrado na Região Sul (65%), enquanto nas regiões Norte e Centro-Oeste está presente em menos da metade dos lares (47% e 47,5%).
O número de domicílios que têm telefone fixo no Brasil caiu progressivamente nos últimos anos. Eram 33% em 2016. Cinco anos depois, em 2021, a proporção já tinha caído para 16%. Em 2022, enfim, eram apenas 12%.