O texto a seguir compõe um dos capítulos de Conceição Evaristo: voz insubmissa, perfil biográfico escrito pela jornalista Yasmin Santos que será lançado neste mês pelo selo Rosa dos Tempos, da editora Record. A obra faz parte da coletânea Coleção Brasileiras, que destaca a atuação de mulheres que construíram, expandiram e transformaram seus campos de atuação no país – das artes à ciência, do meio ambiente à política.
“Na escola, eu sabia que queria alguma coisa. Eu só não sabia que coisa era o que eu queria”, relembrou Conceição em 2019 ao revisitar o prédio da Barão do Rio Branco.[1] Usava um longo vestido preto com cobogós rosados e um colar de miçangas brancas quando se sentou no centro do pátio. Uma mecha de seus cabelos grisalhos estava presa por um grampo no canto direito de sua cabeça, permitindo que víssemos com ainda mais clareza o característico brinco em formato de gota. Falava como se a menina que um dia foi ainda habitasse, de alguma forma, aquele espaço, com a calma e a tranquilidade de quem conseguiu se libertar daquele passado. Estava ali como escritora e professora. Com alunos sentados em um semicírculo, lia trechos de Histórias de leves enganos e parecenças.
Sua postura é diferente de outro vídeo, gravado dois anos antes, nos arredores do colégio.[2] Conceição, com um vestido azul de estampas geométricas e cabelo preso no topo da cabeça, não conseguiu entrar no prédio. O campus estava fechado para reformas. Cerca de mil alunos matriculados estavam instalados precariamente num anexo do Instituto de Educação, no Centro de Belo Horizonte; os pais denunciavam as condições improvisadas e comparavam as salas de aula a “porões”, pela falta de ventilação.[3] Tanto eles como a imprensa que noticiou o caso pareciam ignorar que o prédio da histórica Escola Estadual Barão do Rio Branco utilizava os porões como salas de aula. No registro de 2017, Conceição circundava os muros descascados com o cenho franzido.
O suntuoso prédio da Escola Estadual Barão do Rio Branco foi projetado em estilo neoclássico numa área de 4,6 mil m². A construção de Jayme Salse e Mario Alves Ferreira se desenvolve em um pavimento único, porão alto e baldrame que acompanha o desnível da via. Foram dois anos de obras, entre 1911 e 1913, e mais um ano até a oficialização do espaço educacional, em junho de 1914. A instituição, criada para atender à demanda daqueles que construíram Belo Horizonte, foi a primeira escola da capital mineira. Nos últimos tempos, o prédio passou por uma série de reformas, mantendo intacta grande parte de suas características arquitetônicas originais e sendo tombado como um bem histórico pelo Iepha (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico) de Minas Gerais em 1988.
“Era tida como uma escola excelente, com professores bem preparados e abrigava alunos de todas as classes sociais, da favela à elite de Belo Horizonte”, rememorou Frei Betto em 2012, quando se discutia a restauração do prédio. “Como todos usavam o mesmo uniforme, só notávamos a diferença na hora da merenda – os mais pobres iam para a cantina da escola e merendavam por conta do Estado, enquanto nós, de classes média e alta, levávamos a própria merenda.”[4]
Na lista de ex-alunos notáveis, aparecem ainda personalidades como a estilista Zuzu Angel, o escritor Paulo Mendes Campos, a historiadora e professora Ana Maria Casasanta, o político Israel Pinheiro, responsável pela construção de Brasília, e o ex-ministro do Trabalho Octacílio Negrão de Lima. Chama a atenção uma ausência nesses compilados espalhados pela internet e divulgados pelo governo estadual: a de ilustres ex-alunos negros e/ou vindo de classes mais baixas, como Conceição Evaristo.
O contraste entre o pavimento único e o porão se refletia no dia a dia dos alunos. No pavimento, ficavam as salas mais arejadas, com janelas grandes que davam para a rua. No porão, as salas menores, com pouca ventilação e entrada de luz natural. No topo, as crianças com alto rendimento escolar. Na base, aquelas que tinham problemas de aprendizagem, que repetiam de ano e que traziam na pele uma negra-cor. “Foi em uma ambiência escolar marcada por práticas pedagógicas excelentes para uns e nefastas para outros que descobri com mais intensidade a nossa condição de negros e pobres”, lembrou Conceição. Para ela, havia um nítido apartheid entre negros e brancos, pobres e ricos, alunos supostamente ineptos e inteligentes. Nenhum aluno negro passa incólume ao racismo escolar brasileiro, mas nada se compara ao peso simbólico de separar crianças, sobretudo negras, num porão. Cabe um Atlântico nessa imagem. “Porões da escola, porões dos navios”, resumiu Conceição em 2009.[5]
“Estive algumas vezes com Frei Betto, mas nunca tive a oportunidade de responder a essa fala dele”, Conceição me conta, ao rememorar a entrevista do frade. “Cada lugar social que a gente experimenta nos dá uma visão. Se ele percebia a diferença só na hora da merenda, nós percebíamos o tempo inteiro. Talvez a hora da merenda tenha para nós um peso diferente, uma alegria; principalmente no dia que serviam pão com doce de leite.”
As lembranças tristes e alegres da escola estão todas amalgamadas, permitindo que ela una no mesmo raciocínio os porões abafados ao sabor de um pão recheado com doce de leite – a glória era quando a merendeira, desatenta, permitia que ela comesse o terceiro pãozinho. O lanche tinha lugar cativo também para a personagem Maria-Nova, de Becos da memória: “Ao morder o pão, o doce chegava até a escorrer um pouco. […] Ela comia o dela correndo e voltava para o final da fila.”
A forma como as crianças se tratavam também não era trivial. Enquanto Conceição ia para a escola sem um tostão no bolso, na expectativa da merenda, havia quem carregasse um trocado para um bombom ou um sorvete. Esse era o caso de Célia, uma de suas colegas brancas. Quando batia a vontade de tomar um picolé, pedia a Conceição que se arriscasse para realizar seus desejos: a menina devia pular o muro da escola durante o recreio e ir andando até a antiga Padaria Savassi, que ficava a uma distância de duas quadras do colégio, na esquina da Avenida Cristóvão Colombo com a Rua Pernambuco. Lá, Conceição compraria um picolé Kibon para a colega e voltaria correndo para a escola. Percorreu o trajeto todo com água na boca só pensando em provar um Kibon. Ao entregar a encomenda à colega, ela não recebe outro picolé nem mesmo alguns trocados, e sim uma embalagem vazia. Sua recompensa era poder lamber o resto de sorvete derretido no papel.
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Conceição deixa os porões da Rio Branco apenas na quarta série, depois de encerrar o terceiro ano de forma exemplar, com um rendimento acima da média. Dos quatro anos em que estudou na escola, três passou sonhando com o dia em que estudaria nas classes do andar superior. Espevitada que só ela, atraía a atenção por onde passava. Fazia questão de se apresentar nos eventos escolares, de participar dos concursos de redação e dos coros infantis; era uma menina “voluntariosa”, como costumam dizer em Minas. “Lembro que eu gostava muito também de decorar os poemas e recitar”, contou. Nos concursos de leitura, todas as classes da mesma série eram reunidas no pátio da escola, e lá era sorteado quem leria um texto. Como não dava para prever quem seria sorteada, Conceição ensaiava as leituras em casa, na expectativa de poder participar – o que de fato ocorreu algumas vezes. Foi quando começou a ser seduzida pela literatura.
O ensino religioso na Barão do Rio Branco era obrigatório na década de 1950 e se baseava nos livros do Monsenhor Álvaro Negromonte, de modo que a infância de Conceição foi marcada pelo catolicismo. Na escola, celebrou sua primeira eucaristia, numa época em que se guardava o costume do jejum absoluto desde a meia-noite anterior à comunhão. Como Conceição havia jantado cedo na véspera, aguardava ansiosamente o corpo de Cristo, ou qualquer pedacinho que fosse de trigo em sua boca. Na foto que guarda do dia, aparece com véu, vestido, sapatos e luvas brancos e segura seu certificado, que anos depois se perderia entre uma mudança e outra; não vemos seu cabelo. O rosto denunciava a indisposição para o evento: “Olha a minha cara triste de fome, eu estava doida para tomar café”, ri.
Estar nas salas de cima significava poder participar da Coroação de Nossa Senhora numa posição mais privilegiada – às crianças das classes inferiores era permitido, desde que ficassem o mais distante possível da santa e do altar. Lá na Barão do Rio Branco, a coroação acontecia em maio, mês tipicamente mariano, e reunia algo em torno de uma dezena de alunos, em sua maioria meninas. A celebração demonstra a grandiosidade da Grande Mãe para os fiéis católicos, apesar da simplicidade de sua figura, além de constituir o quinto mistério glorioso do Santo Rosário.
O altar do colégio, em formato de pirâmide, trazia em seu topo uma imagem de Maria e, espalhadas do corpo à base, crianças com tarefas preestabelecidas: distribuir pétalas de rosas, flores e ramalhetes para a santa, tendo como ápice a entrega da coroa. Tanto na escola como na igreja católica, todos os anjos representados eram brancos e loiros. Se o acaso jogasse a favor de alguma criança negra, elas participavam no máximo da base do altar, muitas vezes com pouco ou nenhum contato com a santa, lançando flores ao público. “Acho que o máximo que eu consegui um dia foi pôr o ramalhete, fiquei quase perto de Nossa Senhora”, diz. Conceição, como a maioria de suas colegas, sonhava que a coroa de Nossa Senhora pudesse sair de suas mãozinhas, imaginava como seria vestir as asinhas brancas de anjo.
A menina, com o catolicismo como sua religião formal, convivia com diferentes religiosidades em casa. Rezava o rosário enquanto ouvia as rezas das benzedeiras da favela e assistia ao tio Totó participar da congada. Assim como o manto protegia o corpo de Nossa Senhora, muitos negros passaram a usar o apego aos santos católicos como forma de preservar o culto aos orixás. Não havia, até então, nada que fizesse menção direta a religiões afro-brasileiras naquela casa, mas aquela menina sabia que Deus podia ter a sua cor. Havia uma percepção, ainda que difusa, de outras manifestações em que ela podia se sentir acolhida. Décadas depois, Conceição compôs o poema Meu rosário para a menina que um dia foi:
Meu rosário é feito de contas negras e mágicas.
nas contas de meu rosário eu canto Mamãe Oxum
e falo padres-nossos, ave-marias.
Do meu rosário eu ouço os longínquos batuques
do meu povo
e encontro na memória mal adormecida
as rezas dos meses de maio de minha infância.
As coroações da Senhora, em que as meninas negras,
apesar do desejo de coroar a Rainha,
tinham de se contentar em ficar ao pé do altar lançando
flores.
[…][6]
Mesmo longe da coroa de Nossa Senhora, Conceição conquistou sua primeira posição de destaque quando ainda habitava as classes do porão. Ela estava no primeiro ano quando a professora Maristela decidiu usar o livro A bonequinha preta, de Alaíde Lisboa de Oliveira, em sala de aula. Na trama, a boneca, muito amiga de sua dona, Mariazinha, uma criança branca e loira, se aproxima da janela da casa e é tomada pela curiosidade do mundo externo. A primeira versão do livro foi ilustrada pelo artista Monsan, que deu à boneca as características pelas quais ela é conhecida até hoje: a cor “negra como carvão” e os lábios grandes e vermelhos.
Olhando em retrospecto, a imagem da boneca em muito se assemelha às ilustrações das primeiras edições de The Story of Little Black Sambo, The Three Golliwogs, ou ainda ao uso de blackface em shows de menestréis, prática que se tornou muito popular nos Estados Unidos e na Europa a partir da década de 1830 e alcançou boa parte do século XX;[7] os atores brancos tingiam o corpo e o rosto de preto, e os lábios, de vermelho, representando a boca de pessoas negras em tamanho e coloração exagerados. É bem provável que A bonequinha preta tenha se inspirado na estética estadunidense chamada de golliwog:[8] bonequinhos de trapo que apareciam em livros infantis no século XIX caracterizados como uma caricatura de criança negra totalmente estereotipada e com traços exagerados – um bonequinho com blackface, basicamente.
Para alguns, a obra de Alaíde Lisboa de Oliveira foi considerada um marco:[9] a primeira representação de sucesso de uma protagonista negra – embora não fosse um ser humano – em livros infanto-juvenis. Só em 1980, Menina bonita do laço de fita, de Ana Maria Machado, viria a se igualar em termos de projeção. Há, claro, diferenças bem marcadas entre as obras, como se uma fosse a antítese da outra. Se na primeira reconhecemos um objeto em posse de uma menina branca, uma caricatura, na segunda vemos uma criança negra, um ser humano, que encanta e se deixa encantar.
De volta à escola Barão de Rio Branco na década de 1950, quando a professora sugeriu transformar o livro A bonequinha preta em peça, Conceição prontamente se ofereceu para o papel. “Tiveram até o cuidado de chamar a minha mãe, perguntar se a gente não se importava”, conta. “Me lembro até hoje, era uma música antiga, Tico-tico no fubá. Eu ganhei um status dentro da escola. Eu era ‘a’ bonequinha preta.”
O boletim de Conceição, no entanto, ameaçava pôr fim ao seu sonho. A menina havia aprendido a ler e a contar, conforme o conteúdo programático das classes de alfabetização, mas não conseguia pronunciar as palavras da mesma forma que a professora: em vez de Maria da Conceição, falava Malia da Contcheitchão; lia Pitucinha fuziu da cacinha em vez de “Pituchinha fugiu da caixinha”. Reprovou o primeiro ano.
Maristela acompanhou a antiga turma de Conceição e a nova classe seguiu sob a orientação de Ana Vidigal. Passou a ser repreendida aos berros: “Não é isso, lê direito!” A menina espevitada se tornou motivo de piada: a professora e os colegas riam do seu jeito de falar. Só anos depois Conceição descobriria que sofria de dislalia, distúrbio da linguagem que dificulta a articulação de algumas sílabas. “Eu tenho quase certeza de que não passei de ano por causa da minha dislalia. Eu lia ‘errado’”, diz.
A tristeza maior foi descobrir quem interpretaria A bonequinha preta no ano seguinte: Maria do Carmo, uma menina branca. “Aquilo me deu uma dor no coração. Eu já estava convencida de que eu era a bonequinha preta”, lembra. Ser aquela personagem não era só uma diversão, mas uma forma de reconhecimento, de se ver como pertencente àquele espaço, de se ver além do porão. A bonequinha preta havia convencido Conceição de que ela podia ganhar o mundo. A apresentação do segundo ano foi um balde de água fria.
Até hoje Conceição diz que não sabe dançar. “Dançar? Eu mal ando!”, brinca. Quem já teve a sorte de encontrá-la em algum show ou festa sabe que não é bem assim. Há algo na forma serena com que seu corpo reage à música que encanta, tanto que se espalham pela internet alguns vídeos de quem a flagrou dançando. Seu gingado é imperfeito, animado e comedido, vacilante, alegre e falho. É de um corpo que comove e se deixa comover. Conceição não dança como quem escreve, Conceição dança como quem vive.
Décadas depois, no gingado de sua pena, escreveu o conto Rose Dusreis,[10] centrado numa jovem que nasceu com o “pendor da dança” e precisa superar uma série de obstáculos socioeconômicos e raciais para realizar seu sonho de infância: tornar-se bailarina profissional. A personagem é inspirada naquele breve instante em que Conceição pensou ser “a” bonequinha preta, e, assim como a escritora, a dançarina da ficção se dá conta de que estava buscando consolo no lugar errado. Precisava, antes, enxergar força em si mesma, nos seus.
Ali ela apreendera o bailado da existência. […] Força que rege a vida dos homens, dos animais, das plantas, de tudo que existe. Força que está guardada em nosso corpo, a sua versão visível e que não finda, mesmo quando esse corpo tomba, como se fosse a mais tenra penugem das asas de um frágil pássaro bebê, flutuando no ar. Essa força não finda, havia me garantido a bailarina, antes de se levantar para a sua dança final. Não finda! Pois o que se apresenta como revelação aos nossos olhos, aos nossos ouvidos, guarda insondáveis camadas do não visto e do não dito e eu digo do não escrito.
É no princípio da força vital – axé para as religiões afro-brasileiras –, na ancestralidade, que Rose Dusreis constrói a própria coreografia e a inscreve no balé da vida.[11] A personagem resgata, recria e perpetua a cultura africana em seus passos vida-morte-vida. Conceição não dança como quem escreve, Conceição escreve como quem dança.
Quando criança, a escritora Alaíde Lisboa de Oliveira teve uma babá negra, de quem gostava muito. A bonequinha preta seria, portanto, uma maneira de homenagear aquela pessoa querida – a quem ela nunca se deu o trabalho de nomear.
Notemos as voltas que o mundo dá. Alaíde era irmã da escritora Henriqueta Lisboa, para quem Joana Josefina, mãe de Conceição, trabalhava como babá. Joana era “praticamente da família”, a ponto de João Lisboa, pai de Alaíde e Henriqueta, apadrinhar sua filha primogênita, Maria Inês – as antigas dinâmicas de compadrio entre a Casa-Grande e a Senzala, mantidas para marcar um lugar de subserviência, nada capaz de afastar por completo o medo da fome e do frio. Décadas se passam, e, ao folhear o livro Mulheres em letras,[12] encontramos lado a lado as biografias de Henriqueta e de Conceição. A inversão acontece também na Academia Mineira de Letras quando, em 8 de março de 2024, Conceição passou a ocupar a cadeira de número 40 – a mesma Casa que elegeu as irmãs Lisboa para os assentos 6 e 26.
“Eu gosto de brincar que o destino da literatura me persegue”, diz. Ela me olha, pelo visor de sua webcam, como quem sabe que a maturidade não deixa escapar trivialidades sobre si. Pensa em mulheres como sua mãe e sua tia, de pouco estudo e muita curiosidade, olhando para as estantes de livros, limpando essas casas. Será que imaginavam que poderiam criar alguém que tirasse da vida delas o sumo da escrita? “É por isso que eu digo que a literatura vinga em mim. Vinga no sentido de florescer, mas também de fazer rebuliço, fazer uma mudança de lugar”, explica, sorrindo.
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Capítulo extraído do livro Conceição Evaristo: voz insubmissa.
[1] Conceição Evaristo, “Conceição Evaristo – Trip Transformadores 2019” [vídeo], 2019.
[2] Idem, “Conceição aluna – Ocupação Conceição Evaristo (2017)”, [vídeo], 2017.
[3] Larissa Ricci, “Escola Barão do Rio Branco foi trocada por ‘porão’”, Estado de Minas, 9 jun. 2017.
[4] Cristina Moreno de Castro, “[…] Frei Betto diz que Barão é cartão-postal de BH, como Pampulha”, G1, 18 dez. 2012.
[5] Conceição Evaristo, I Colóquio de Escritoras Mineiras, 2009.
[6] Trecho do poema “Meu rosário”, publicado pela primeira vez na coletânea dos Cadernos negros de 1992; posteriormente é incluído na primeira antologia individual da autora, Poemas da recordação e outros movimentos.
[7] Stuart Hall, “O espetáculo do ‘Outro’”, 2016.
[8] Suzane Jardim, “Golliwog, pickaninny e golly doll”, 2016.
[9] “‘A Bonequinha Preta’ é um marco da literatura infantil brasileira”, Grupo Lê, 16 mar. 2021.
[10] Conceição Evaristo, Insubmissas lágrimas de mulheres, 2016b.
[11] Gabriela Nunes de Oliveira et al., “Insubmissas lágrimas de mulheres”, 2023.
[12] Constância Lima Duarte, Mulheres em letras, 2008.