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Arroz que some do prato

Luiza Ferraz e Renata Buono | 16 set 2020_12h30
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Depois de um pacote de 10 quilos chegar a custar R$ 45, como é o caso no Rio de Janeiro, o arroz ocupou os debates online antes mesmo da divulgação da inflação para agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que monitora mensalmente o preço dos itens que compõem a cesta básica em 17 capitais brasileiras, o item sofreu um aumento em todas as cidades em agosto em relação ao mesmo período do ano passado. Em segundo lugar no ranking com a maior variação, Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, chegou a vender um pacote de 10 quilos por 38,40 reais em agosto – valor 38% acima do praticado no mesmo mês de 2019 e 35,7% acima daquele registrado em fevereiro, antes de a pandemia do novo coronavírus ter início no país. Isso significa que, se uma campo-grandense decidisse gastar 100 reais para comprar apenas arroz, ela conseguiria levar 35 quilos para casa em fevereiro. Mas, em agosto, a mesma quantia passou a comprar 9 quilos a menos. Além de Campo Grande, as cidades que tiveram maior variação em agosto de 2020 em relação ao mesmo período de 2019 foram: Porto Alegre (42,6%), Goiânia (35,9%), Florianópolis (33,9%) e Curitiba (33,1%).

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço do arroz nas capitais se justifica. Isso porque de janeiro a agosto o arroz registrou uma variação de 19,25%. Mas apenas o aumento em relação a julho foi de 3,08%, o que explica o debate em torno do tema recentemente. Divulgada na quarta-feira (9) pelo IBGE, a inflação oficial do país para agosto ficou em 0,24%. Ela é medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que se refere a famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos. A taxa é a mais alta para o mês desde 2016 e foi puxada, principalmente, pelo preço dos alimentos e da gasolina. O valor acumulado para o ano foi de 0,70%.

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