De acordo com os critérios do auxílio emergencial, quem recebe o benefício não pode ter emprego formal ativo, o que inclui agentes públicos, independentemente da relação jurídica. Em maio, o governo identificou o pagamento indevido a mais de 70 mil militares cadastrados na base de dados do Ministério da Defesa – incluindo servidores inativos, temporários e pensionistas. Na época, o Tribunal de Contas da União determinou que eles devolvessem o valor pago indevidamente.
Mas até dia 1º de agosto, somente 26 mil militares devolveram o benefício ao governo, quase um quarto do total de beneficiários que fizeram a devolução – 111 mil até a mesma data. Isso significa que cerca de uma em cada quatro pessoas que devolveram o valor indevidamente repassado pelo Auxílio Emergencial era militar.