No Brasil, cada pessoa desperdiça em média 41,6 kg de alimento por ano, segundo um estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), publicado em 2018. Esse descarte é composto basicamente por restos alimentares parcialmente consumidos ou por sobras resultantes da administração inadequada do alimento – ou seja, preparo excessivo e inapropriado, em quantidades não planejadas, com armazenamento inadequado.
Isso significa que, em um ano, o Brasil desperdiça 8,9 milhões de toneladas de alimento. Levando em conta as densidades dos alimentos mais desperdiçados, o volume de comida jogada no lixo é de 8,1 milhões de metros cúbicos. Isso é equivalente a pouco mais de um Maracanã cheio de comida.
O país está entre os dez que mais perdem e desperdiçam alimentos no mundo. A perda está relacionada a problemas na cadeia produtiva – alimentos que são descartados na colheita, no pós-colheita e no processo de distribuição. Já o desperdício acontece na ponta, quando a comida vai da casa dos consumidores e postos de venda para o lixo. O alimento mais desperdiçado pelos brasileiros é o arroz.
Anualmente, o mundo joga fora 931 milhões de toneladas de alimento, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. Em países mais pobres, o desperdício alimentar normalmente está relacionado às más condições de armazenamento ou falta de refrigeração. Mas, no mundo abastado, o problema está na ponta da cadeia produtiva: os consumidores. Nesses países, a principal causa do descarte é a diferença entre produção excessiva e consumo real. Nos Estados Unidos, 40% da comida vai para o lixo todo dia.
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