O número de pessoas atendidas por programas de transferência de renda quadruplicou de 2019 para 2020. No ano passado, segundo a Controladoria-Geral da União, 20,5 milhões de beneficiários recebiam algum tipo de recurso financeiro pago diretamente pelo governo federal, seja através do Bolsa Família, BPC, Seguro Defeso, PETI ou Garantia Safra. Neste ano, esse número saltou para 85,3 milhões, o equivalente a toda a população da Alemanha.
Antes da campanha eleitoral, Jair Bolsonaro era crítico a programas sociais de transferência de renda, em especial ao Bolsa Família. O plano de sua equipe econômica, à época, era enxugar ao máximo as contas do Estado. Com a popularidade em queda durante a pandemia de Covid-19, o presidente Bolsonaro acabou recorrendo a esse tipo de benefício, e o número de pessoas inscritas em programas sociais atingiu um recorde. Nada indica que Bolsonaro queira desfazer esse cenário. Nesta terça-feira (01), o presidente anunciou a prorrogação do Auxílio Emergencial por mais quatro meses, em parcelas de R$300. O governo também planeja discutir a implementação do Renda Brasil, programa que substituiria o Bolsa Família após o pagamento do Auxílio Emergencial.
Fontes: Portal da Transparência da Controladoria-Geral da União