Quando começou a escrever Tudo É Rio, a escritora mineira Carla Madeira não sabia se seria um romance ou um conto – ou uma história que abandonaria no meio. Era o ano 2000, e ela estava querendo engravidar. Ao escrever uma cena de agressão do livro, ela interrompeu a escrita. “A violência contra uma mulher e seu bebê foi intransponível para mim naquele momento. Senti repulsa e, ao mesmo tempo, vi a necessidade de investigar aquilo que ia se avolumando dentro de mim”, ela conta ao jornalista Fabrício Marques, autor do perfil da escritora que a piauí publica na edição de janeiro.
A primeira edição de Tudo É Rio saiu em dezembro de 2014, por uma pequena editora de Belo Horizonte, com uma tiragem de setecentos exemplares. Pouco a pouco, no boca a boca, o livro foi ganhando mais e mais leitores. O sucesso crescente levou com que a editora Record, do Rio de Janeiro, adquirisse os direitos da obra e a relançasse em 2021. O livro ficou vários meses nas listas de best-sellers. Até outubro do ano passado, já havia vendido 145 mil exemplares.
Madeira diz que vive agora o momento em que um novo livro está vindo à tona. “Já tenho muitas anotações, caóticas. Um menino de 10 ou 12 anos falando, a ingenuidade da idade lidando com questões complexas”, descreve ela. “A voz vai ficando insistente, alguns nomes próprios vão surgindo, e alguns acontecimentos vão se impondo.”
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