Mais de cinquenta países já começaram a vacinação contra a Covid-19. Juntos, eles concentram 56% da população mundial – para os outros 44%, quase metade do planeta, ainda não há sinal dos imunizantes. Os Estados Unidos são o país que mais vacinou em números absolutos, até o dia 20 de janeiro. Ao todo, aplicaram 16,5 milhões de doses, o equivalente a 30% de todas as doses aplicadas no mundo. Israel, por outro lado, tem a maior taxa de vacinação proporcional: 27% de sua população já havia recebido ao menos uma dose do imunizante até 20 de janeiro. É uma proporção sete vezes maior que a dos americanos. O Brasil, enquanto isso, amarga o final da fila. Até 15 de janeiro, véspera do começo da vacinação no país, os brasileiros contavam com apenas 1,2 dose de vacina por habitante. Uma taxa muito pequena, considerando-se que os imunizantes exigem duas aplicações. Os americanos, por exemplo, encomendaram 3,6 doses por habitante – o triplo do Brasil. O =igualdades desta semana ilustra a corrida pela vacina mundo afora.
No dia 17 de janeiro, o Brasil iniciou a vacinação contra a Covid-19. Tardiamente, o país se juntou às mais de cinquenta nações que começaram a campanha de vacinação até o dia 20 de janeiro – ao todo, 56% da população mundial habita esses locais. Isso significa que, até agora, quase metade da humanidade ainda não tem acesso a vacinas.
Os Estados Unidos foram o país que aplicou maior número de doses de vacina contra a Covid até o dia 20 de janeiro – foram 16,5 milhões de doses. Sozinhos, os americanos respondem por 30% de todos os imunizantes já aplicados no mundo. Em seguida aparece a China, com 15 milhões de doses, e o Reino Unido, com 5,4 milhões.
Israel é, de longe, o país mais adiantado na vacinação. O país já imunizou 27% de sua população com ao menos uma dose da vacina contra a Covid. O segundo lugar nesse ranking é ocupado pelos Emirados Árabes Unidos, que vacinaram 19% de sua população.
Embora os Estados Unidos sejam o país que mais vacinou contra a Covid-19 em números absolutos, Israel lidera no quesito proporcional. Até 20 de janeiro, os israelenses aplicaram 354,5 doses a cada mil habitantes; nos Estados Unidos, foram 50 doses a cada mil pessoas. Ou seja, em relação à população, Israel vacinou sete vezes mais que os Estados Unidos.
Na Europa, o primeiro país que começou a vacinar foi o Reino Unido. Os ingleses já vacinaram quatro vezes mais que a Espanha, proporcionalmente. Até 20 de janeiro, o Reino Unido aplicou 80,1 doses de vacina a cada mil habitantes. A Espanha, por sua vez, aplicou apenas 21,9 doses a cada mil pessoas.
Apesar de ter comprado vacinas suficientes para aplicar nove doses por habitante, o Canadá vem tocando sua campanha de imunização lentamente. Para atingir a marca de dez doses aplicadas a cada mil habitantes, o país precisou de 30 dias a partir do início da vacinação (14 de dezembro). A Itália foi duas vezes mais rápida. Os italianos demoraram 14 dias para atingir a mesma marca de dez doses aplicadas, proporcionalmente à população. O país começou a vacinar no dia 27 de dezembro e, até meados de janeiro, já tinha imunizado cerca de 2% de sua população com ao menos uma dose de vacina.
Até 15 de janeiro, o Brasil tinha encomendado apenas 1,2 doses de vacina por habitante – quantidade insuficiente, já que são necessárias duas doses para a imunização de cada pessoa. O cálculo leva em conta a compra das vacinas da AstraZeneca, SinoVac e Sputnik V. Os Estados Unidos, enquanto isso, têm um cenário inverso: até 15 de janeiro, já tinham encomendado 3,6 doses de vacinas por habitante – ou seja, o triplo do Brasil.
A vacinação contra a Covid no Brasil começou, mas o número insuficiente de imunizantes para atender a toda a população e a falta de datas delimitadas para cada fase da vacinação são problemas a serem enfrentados. Com o primeiro lote de 6 milhões de vacinas da CoronaVac, apenas 4% do grupo prioritário no Brasil poderá ser vacinado. Das 68,8 milhões de pessoas que compõem os grupos prioritários do Plano Nacional de Imunização, só 2,8 milhões serão atendidas por esse primeiro lote. Considera-se no cálculo uma porcentagem de vacinas que pode ser perdida durante a operação de logística.
Fontes: Our World In Data (dados até 20 de janeiro); Launch and Scale Speedometer; Ministério da Saúde