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Delicadeza e humor, marcas do traço de Negreiros

Ilustrador morreu nesta quarta-feira em São Paulo

23mar2023_17h38

Existe uma geração de cartunistas cujos traços ficaram marcados na memória dos leitores brasileiros. Entre eles está Roberto Negreiros, que morreu nesta quarta-feira (22), aos 69 anos, em São Paulo. Segundo a família publicou nas redes sociais, ele foi vítima de um infarto. 

 

As ilustrações de Negreiros, formado em Artes Visuais pela Fundação Armando Alvares Penteado, tinham de particular a combinação do lápis de cor com a aquarela. Foram publicadas em inúmeros jornais e revistas, entre eles a piauí. Em 2015, por exemplo, o artista deu corpo e rosto a uma multidão de cariocas que se espremeram para comprar mais barato no aniversário do supermercado mais popular do Rio. 

 

ROBERTO NEGREIROS_2015

 

 

 

Há um ano, Negreiros ilustrou um dos muitos cartórios dominados por políticos e desembargadores de Alagoas. 

 

 

ROBERTO NEGREIROS_2022

 

 

A piauí teve o privilégio de publicar muitos dos seus cartuns. À diretora de arte Maria Cecília Marra, Negreiros confessou mais de uma vez que adorava cachorros e por isso os desenhava com tamanha facilidade. Os animais foram tema de duas coleções de desenhos dele publicadas na revista, que você pode ver aqui e aqui. 

 

 

 

 

ROBERTO NEGREIROS_2016
ROBERTO NEGREIROS_2016
ROBERTO NEGREIROS_2016
ROBERTO NEGREIROS_2016
ROBERTO NEGREIROS_2016
ROBERTO NEGREIROS_2016
ROBERTO NEGREIROS_2016
ROBERTO NEGREIROS_2016
ROBERTO NEGREIROS_2016
ROBERTO NEGREIROS_2016
ROBERTO NEGREIROS_2016
ROBERTO NEGREIROS_2016
ROBERTO NEGREIROS_2016
ROBERTO NEGREIROS_2016
ROBERTO NEGREIROS_2016
ROBERTO NEGREIROS_2016
ROBERTO NEGREIROS_2016
ROBERTO NEGREIROS_2016
ROBERTO NEGREIROS_2016
ROBERTO NEGREIROS_2016
ROBERTO NEGREIROS_2016
ROBERTO NEGREIROS_2016

 

Nos quase 17 anos de piauí, o texto que mais agradou Negreiros, contou ele a Marra, foi o que a jornalista Dorrit Harazim escreveu para se despedir de Ronald Searle. O cartunista britânico era a referência maior do trabalho do brasileiro. “Searle é um deleite, um deslumbre de elegância e graça. Puro gênio”, disse num e-mail a Marra, como se estivesse descrevendo o próprio trabalho.

 

 

 

 

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