Segundo de hoje (26.2.2014), a RioFilme contratou a empresa JLeiva Cultura & Esporte para pesquisar os gêneros de filmes preferidos do grande público. Os resultados da sondagem, feita no ano passado, serão apresentados à tarde no auditório da Firjan, informa a matéria publicada no Segundo Caderno.
Exemplo típico de jornalismo subserviente, não ocorreu ao Globo denunciar o desperdício de recursos públicos resultante da contratação de uma pesquisa para constatar o que, além de óbvio, não deveria levar a Riofilme mais de 15 minutos para concluir. Bastaria agrupar por gênero os resultados de bilheteria para chegar sem custo ao mesmo resultado apresentado como sendo novidade.
Ainda mais alarmante, porém, é a intenção declarada pelo secretário de Cultura e presidente da RioFilme, Sérgio Sá Leitão, de “alertar as comissões dos editais da RioFilme sobre o assunto”, com o claro propósito de influir nas suas decisões e liquidar sua autonomia de decisão.
A vigência da democracia não inibe o florescimento de temperamentos autoritários. É preciso impedir que vocações de Goebbels e Shumyastsky se imponham e ditem as regras.