As investigações da Polícia Federal vêm reunindo provas abundantes sobre o esquema de apropriação indevida de presentes recebidos pela Presidência da República em viagens oficiais. Indevida porque os presentes, por lei, deveriam ser incorporados ao acervo da União. O dinheiro obtido pela venda clandestina dessas peças configura, segundo a Polícia Federal, um caso de “enriquecimento ilícito” dos investigados, entre eles Jair Bolsonaro e sua mulher, Michelle.
Para Fernando de Barros e Silva, em texto na piauí deste mês, está claro a essa altura que Bolsonaro não pode ser confundido com uma pessoa honesta. “Das rachadinhas da família, que vêm de longe, à farra das emendas do relator, que seu governo colocou em funcionamento, trata-se de uma coisa só: desviar dinheiro público em benefício próprio (ou de seus aliados, o que dá no mesmo). Corrupto, sim senhor”, escreve Barros e Silva. “Mas está claro também, ou deveria estar, que a corrupção está longe de ser o principal problema de Bolsonaro – não porque seja pequena (não conhecemos ainda sua dimensão), mas porque ele representa coisa muito pior.”
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