O escandaloso rombo de 20 bilhões de reais ocultado no balanço das Lojas Americanas, atualmente em processo de recuperação judicial, colocou em xeque o modelo de gestão de três dos empresários mais incensados do país – Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Roberto Sicupira, donos da varejista e da InBev.
A ideia de “meritocracia” vendida pelo trio, por exemplo, é alvo de questionamentos. “Não havia nem mérito, nem autonomia. Era uma cultura do beija-mão”, diz um ex-funcionário da Americanas a Consuelo Dieguez, na piauí deste mês. Também não existia controle racional de custos na empresa, como contratar lojas com aluguel mais barato. “Eles não tinham essa preocupação. Em vez disso, preferiam estrangular os fornecedores e os funcionários.”
Também o tratamento dispensado aos clientes era objeto de crítica. Quando havia erros no preço ou reclamações, os gestores da Americanas, em vez de tentar resolver o problema, preferiam acionar o Departamento Jurídico. “Eles gastavam fortunas com ações na Justiça, quando tinham uma solução na mesa”, disse um funcionário da área jurídica. Um ex-coordenador financeiro da varejista afirmou: “Aquilo era bizarro. O lema que eu ouvi várias vezes lá, me desculpe a expressão, era ‘olho por olho, dente por dente, pau no cu do cliente’.”
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