Em 2018, pouco mais de mil quilômetros quadrados foram atingidos pelo fogo no Pantanal – uma área equivalente à cidade do Rio de Janeiro. No ano seguinte, mais de 12 mil quilômetros quadrados foram queimados, o equivalente à cidade do Rio de Janeiro e à área do todo o Líbano, somadas. Em 2019, o Pantanal teve o maior aumento de território queimado entre todos os biomas brasileiros – um salto de 996%.
Os dados divulgados na última semana pelo MapBiomas mostrou que, mesmo sendo o menor bioma brasileiro, o Pantanal foi o segundo mais devastado nas últimas duas décadas – atrás apenas do Cerrado. Nesses vinte anos, o fogo queimou principalmente áreas de vegetação nativa. E neste ano, a situação agravou-se ainda mais.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 2020 foi o pior ano de queimadas no Pantanal: até novembro foram mais de 40 mil quilômetros quadrados queimados, o maior número registrado pelo INPE. O Mato Grosso, no coração do Pantanal, é o estado com maior área queimada das últimas duas décadas e também registrou o maior número de focos de incêndios em 2020. Além da devastação ambiental, os incêndios atingem também comunidades indígenas e ribeirinhas.