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Em Bituruna, no interior do Paraná, uma emenda pix de pai para filho

Marcos Amorozo, Marta Salomon, Thallys Braga e Renata Buono | 17 jun 2022_10h36
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O governo federal empenhou R$ 3,1 bilhões para deputados e senadores gastarem com emendas pix em 2022. Os parlamentares acabam privilegiando prefeituras governadas por parentes quando escolhem a destinação de suas “emendas pix”. É o caso do deputado Valdir Rossoni (PSDB-PR), que colocou todos os R$ 8,8 milhões a que tem direito em um único município, Bituruna (PR), administrado por seu filho, o tucano Rodrigo Rossoni. Dividindo o valor pelos 16,4 mil habitantes, cada um deles receberia cerca de R$ 590. Já São Paulo, a cidade mais populosa do país, recebeu R$ 12,3 milhões de emendas pix. 

Essa modalidade de emenda parlamentar que envia dinheiro diretamente para as cidades e estados brasileiros sem qualquer fiscalização foi criada para ampliar a influência do governo Bolsonaro sobre o Congresso. Desde então, o valor reservado para essas emendas só se multiplicou. 

Em 2020, o governo liberou R$ 745 milhões para a circulação de emendas pix. Em 2022, o valor cresceu mais de quatro vezes e chegou a R$ 3,4 bilhões, quantia duas vezes maior que a reservada para o Ministério da Saúde, que neste ano poderá gastar R$ 1,3 bilhão em investimentos.

Veja mais no =igualdades desta semana, que compila os números da farra das emendas parlamentares no governo Bolsonaro.

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