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    Camila Olivo, Conrado Corsalette, Magê Flores e o mediador Antonio Rocha Filho FOTO: MARCELO SARAIVA

maratona piauí cbn de podcast

Em podcasts jornalísticos, muito planejamento e pouco improviso

Produção diversificada e roteiro bem construído ajudam a resumir informação e análise

| 17 ago 2019_16h28
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Na rotina agitada de uma redação, fazer um podcast diário exige muito de planejamento e pouco de improviso. O roteiro definido é um dos traços em comum dos podcasts jornalísticos diários, tema da terceira mesa da 2ª Maratona Piauí CBN de Podcast, realizada neste sábado, 17 de agosto, em São Paulo. Participaram da conversa Conrado Corsalette, editor-chefe do portal Nexo Jornal e apresentador do Durma com Essa, Magê Flores, jornalista da Folha de S.Paulo e apresentadora do Café da Manhã, e Camila Olivo, jornalista que produz, edita e apresenta os podcasts Panorama CBN, diário, e CBN Professional, semanal. A mediação foi do professor Antonio Rocha Filho, da ESPM, parceira institucional do evento. O Google News Initiative também apoiou a maratona.

“Nossos podcasts surgiram a partir de uma pergunta: qual a melhor forma de contar uma história? Se for a trilha sonora de um filme, vamos contar em áudio. A gente fazia podcasts sobre vários temas”, lembrou Corsalette ao explicar a entrada do Nexo Jornal, um veículo nativo digital, na era dos podcasts. A partir de 2017, o Nexo começou a investir em podcasts de política. O Durma com Essa vai ao ar a partir das 18h30, discutindo um tema relevante do dia, e dura de 10 a 15 minutos.

O relato de Flores ajudou a entender como veículos tradicionais aderiram aos podcasts. O primeiro realizado na Folha foi o Presidente da Semana, criado pelo jornalista Rodrigo Vizeu. Aos poucos, a partir de propostas do Spotify, o veículo foi criando mais conteúdos em áudio. Vizeu e Flores deixaram outras funções no jornal para se dedicar apenas aos podcasts. Segundo a jornalista, cada episódio do Café da Manhã consome, em geral, um dia de trabalho. O podcast vai ao ar antes das 6h da manhã e, em geral, conta com a participação de repórteres da Folha.

Olivo destacou que o texto de podcasts tem características específicas, que o tornam mais leve que o texto de rádio. A linguagem é mais informal, e não é necessário começar com a notícia. “É uma coisa mais contada, como se eu estivesse falando com uma pessoa. Posso começar explicando o que é Mercosul. O podcast quebra um pouco o paradigma do que é notícia nova e o que é notícia velha”, explicou. No Panorama CBN, ela costuma aproveitar áudios produzidos para os programas da emissora.

O podcast The Daily, produzido pelo The New York Times, foi citado pelos três jornalistas como referência de conteúdo diário em áudio. Em busca da melhor forma de contar uma história, um ponto foi unânime entre os três jornalistas: é preciso juntar a qualidade do formato, destacando o roteiro e uma boa edição de som, com a qualidade do conteúdo. “É preciso ter o que dizer”, destacou Corsalette.

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