No primeiro semestre deste ano, os curadores do Rijksmuseum, em Amsterdã, conseguiram juntar em uma exposição o maior número de quadros de Vermeer já reunidos – 28 dos 34 considerados de autoria do artista. Uma mostra como essa provavelmente não se repetirá em tal escala nesta geração.
O escritor nigeriano-americano Teju Cole esteve na exposição e conta em um texto originalmente publicado pela New York Times Magazine, que a piauí deste mês reproduz, suas impressões sobre a exposição e a obra do pintor holandês.
Vermeer não foi um artista prolífico: acredita-se que tenha pintado apenas 42 quadros no total. Os historiadores de arte durante muito tempo consideraram que esse ritmo lento de produção fosse consequência de uma técnica particularmente meticulosa. Mas os raios X e as imagens em infravermelho mostram que ele fazia rascunhos rápidos na tela e muito poucos desenhos preparatórios
O mundo de Vermeer “é poético e lírico, mas também é fraturado, vulnerável, isolado e ansioso”, escreve Cole. “Seus quadros não podem ser considerados meras decorações ou realizações técnicas. Eles contêm o conhecimento das suas próprias aflições e podem suportar um contexto mais honesto do que muitas vezes lhes permitimos. Reduzi-los a anúncios de beleza, significantes que flutuam, livres, da cultura e da elegância, é lhes prestar um desserviço.”
Assinantes da revista podem ler a íntegra do texto neste link.