GRÁFICO: MARCELO ARMESTO
Escolha um político e descubra qual é a sua relação com o grupo dos irmãos Joesley e Wesley Batista, presidente global da JBS
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(O Ibope) “Fazia pesquisa pra ele (Renan) e pagava com essas propinas. O ibope recebia propina. Nunca fez um serviço para o grupo (JBS)”, Ricardo Saud, executivo do grupo J&F.
O delator Ricardo Saud, executivo do grupo J&F disse que a JBS doou R$ 9,9 milhões a Renan Calheiros na campanha de 2014 como contrapartida pelo apoio do senador à eleição de Dilma Rousseff. O dinheiro teria sido repassado por meio de doações oficiais, notas fiscais frias e dinheiro vivo. Pelo menos R$ 300 mil teriam sido pagos mediante o uso de notas frias do Ibope, segundo Saud – a empresa e o senador negam.
“Tinha uma planilha que eu abria 1% pro dirigente, 1% pro presidente do fundo, 1% pro PT, que era administrado pelo Vaccari, e creditava a conta mãe, lá, a conta do Guido”, Joesley Batista, diretor-executivo do grupo J&F.
Joesley disse que Mantega era seu intermediário junto ao governo de Dilma e parlamentares do PT. Cabia ao ex-ministro distribuir propinas a políticos e resolver problemas da empresa junto ao BNDES e fundos de pensão.
“Eles deram nota como se nós tivéssemos comprado um camarote de Fórmula 1. E teve realmente um camarote e essa corrida, só não podia custar R$ 6 milhões”, Joesley Batista, diretor-executivo do grupo J&F.
A JBS doou R$ 20 milhões para a campanha de Serra à presidência em 2010 – parte em doações oficiais e R$ 6 milhões parte em caixa 2, por meio de notas frias.
“Esses R$ 200 mil nós demos pelo fato de ela ser senadora”, Joesley Batista, diretor-executivo do grupo J&F.
Os delatores pagaram R$ 1 milhão a Marta na campanha eleitoral de 2010, parte em caixa 2. Em 2015, Joesley Batista, diretor-executivo do grupo J&F concordou em pagar R$ 200 mil mensais para sua campanha à Prefeitura de São Paulo depois de muito insistência de Marta, embora a empresa não tivesse interesse nas eleições municipais.
“De tempos em tempos, ele me cobrava, me mandava mensagenzinha: 'Tudo bem?' E aí eu já entendia o que era... né?”, Joesley Batista, diretor-executivo do grupo J&F.
Teria recebido R$ 4,8 milhões de um total de R$ 6 milhões de propina pela indicação de Antônio Carlos Ferreira como vice-presidente da Caixa Econômica. A propina foi pedida por Antônio Carlos Ferreira, segundo Joesley Batista, diretor-executivo do grupo J&F, e parte foi paga na casa do dono da JBS.
“Quando terminou o governo Lula, ele falou: agora tem que abrir outra conta. Essa conta é da conta do Lula. Essa aqui.. tem que abrir uma para Dilma”, Joesley Batista, diretor-executivo do grupo J&F.
A JBS teria pago cerca de US$ 70 milhões para o ex-presidente, por intermédio de Guido Mantega, em compensação por vantagens recebidas pela empresa no BNDES e em fundos de pensão. Joesley Batista, diretor-executivo do grupo J&F afirmou que Guido confirmou que Lula teria conhecimento do esquema e da conta – o ex-presidente nega.
“Com a Dilma eu fui bem mais explícito com ela: contei meio que tudo”, Joesley Batista, diretor-executivo do grupo J&F.
Joesley Batista, diretor-executivo do grupo J&F diz que pagou cerca de US$ 70 milhões em contas no Exterior para a ex-presidente por intermédio de Guido Mantega. O dinheiro seria propina relativa a vantagens recebidas pela empresa em contratos com o BNDES e fundos de pensão. O delator disse também que tratou diretamente com Dilma sobre uma doação de R$ 30 milhões a Fernando Pimentel. Dilma nega.
“Tem que manter isso, viu?”, Michel Temer, presidente da República.
Em gravação feita por Joesley Batista, diretor-executivo do grupo J&F, o presidente parece dar o aval para que o empresário compre o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Temer ainda teria recebido R$ 15 milhões em propina por auxílio ao grupo J&F. O STF instaurou um inquérito para investigar Temer por indícios em três crimes: corrupção passiva, organização criminosa e obstrução de justiça. O presidente nega as acusações.
“Pelo que eu entendi ele (Cunha) saiu comprando deputado, saiu comprando um monte de deputado Brasil a fora”, Joesley Batista, diretor-executivo do grupo J&F.
Joesley Batista, diretor-executivo do grupo J&F disse que fez diversos pagamentos a Cunha, entre eles R$ 50 milhões em troca de favores em projetos que beneficiavam a JBS, como a manutenção da exoneração de folha de pagamentos – projeto votado na Câmara.
“Isso vai me dar uma ajuda do caralho. Não tenho dinheiro para pagar nada”, Aécio Neves, senador.
Em gravações, Aécio pede R$ 2 milhões a Joesley Batista, diretor-executivo do grupo J&F. A PF filmou uma parcela do dinheiro sendo entregue a um primo do senador, Frederico Pacheco. A PGR denunciou o senador por corrupção passiva e obstrução da justiça. Aécio disse que o pagamento era um empréstimo e que pretendia devolver o dinheiro.
“Pô, isso aí é uma aposentadoria pro Michel. Uma aposentadoria pra você e pra ele. Vocês não vão mais ter dificuldade”, Ricardo Saud, executivo do grupo J&F.
O aliado do presidente Michel Temer, presidente da República foi filmado com uma mala contendo R$ 500 mil entregues pelo executivo Ricardo Saud, executivo do grupo J&F, da JBS. O dinheiro seria parte de uma propina semanal que a JBS pagaria por 25 anos em razão de uma decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) favorável à empresa. Loures está sendo investigado por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução de Justiça no STF.
“O próprio governador tratava comigo”, Wesley Batista, presidente global da JBS.
Azambuja teria recebido propina de R$ 10 milhões em espécie para garantir incentivos fiscais, além de mais R$ 12 milhões pagos por meio de uma empresa. O governador disse que as doações foram legais.
“Dos 30 milhões, nós pagamos 20. Dos 20, teve uma parte que foi em nota fiscal e outra parte que foi em dinheiro”, Joesley Batista, diretor-executivo do grupo J&F.
Pediu R$ 30 milhões em doações, parte no caixa 2, para a campanha de Dilma Rousseff em 2010.
“Eu disse 'governador, impossível eu contribuir com R$ 20 milhões enquanto o Estado me deve R$ 110 milhões e não me paga'. Ele não falou nada e saiu, falou 'tá bom, deixa eu ver o que posso fazer sobre esse assunto'”, Wesley Batista, presidente global da JBS.
Sua campanha teria recebido R$ 20 milhões em propina por meio do ex-ministro e ex-governador Cid Gomes em troca do pagamento de R$ 110 milhões que o Estado devia à JBS em créditos de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). Santana diz que as doações foram legais.
“Quem conversou comigo no telefone foi o próprio Carlos Lupi. Inclusive, lembro uma passagem que ele reclamou muito que não era 4 milhões (...). Fiz questão de pagar os 4 milhões em propina dissimuladas depositadas no (diretório nacional do) PDT”, Ricardo Saud, executivo do grupo J&F.
Segundo o delator Ricardo Saud, executivo do grupo J&F, Lupi recebeu repasse de R$ 4 milhões de uma conta criada a partir das tratativas com Guido Mantega para que o PDT fosse levado à coligação do PT em 2014. Lupi diz que as doações foram legais.
“Ele dava informação pra nós. ´Ó, vai entrar medida provisória´”, Ricardo Saud, executivo do grupo J&F.
Conforme a delação, Delcídio recebeu R$ 12 milhões (em dinheiro vivo e notas fiscais frias) para atuar em favor da J&F junto a Dilma Rousseff e Gleisi Hoffmann, então ministra da Casa Civil, em projetos no Senado. Como candidato a governador no MS, teria prometido a JBS a concessão de um regime especial de tributação. O ex-senador nega.
“E o Agripino me ligava dia sim, dia não: ‘cara, cadê o dinheiro, já foi autorizado, eu fui o coordenador da campanha’. Aquela coisa toda. Aí eu peguei e falei: ‘Você vai me desculpar, mas não tem nada para o senhor, mandaram cancelar’”, Ricardo Saud, executivo do grupo J&F.
A JBS teria pago quase R$ 100 milhões para a campanha de Aécio Neves, senador à presidência em 2014. Desse total, R$ 10 milhões eram destinados ao DEM, cujo senador, José Agripino Maia, atuava como coordenador de campanha de Aécio. Eles teriam se desentendido, e os pagamentos foram suspensos. Depois, fizeram as pazes, e Agripino teria recebido R$ 2 milhões da JBS.
Nós estamos querendo montar essa empresa exatamente para ver se nós conseguimos com essas doações uma facilidade na licitação, para ver se nós combinamos'. Acabei de falar isso, olhei pro Joesley, olhei para o governador, os dois balançaram a cabeça”, Ricardo Saud, executivo do grupo J&F.
O delator Ricardo Saud disse que pagou R$ 10 milhões para a campanha de Colombo ao governo catarinense, valor acertado em um jantar com o candidato e Joesley Batista. Em troca, o governo favoreceria uma empresa do grupo em uma futura licitação para compra da Companhia de Água e Esgoto de Santa Catarina – mas a J&F desistiu do negócio.
Não tratei propina com ninguém, só com o Sérgio Cabral”, Ricardo Saud, executivo do grupo J&F.
Em 2014, teria pedido R$ 27,5 milhões em propina de acordo com o delator Ricardo Saud, executivo do grupo J&F. Em troca, o ex-governador entregaria uma fábrica ociosa da BR Foods, em Piraí, para a JBS. Vinte milhões de reais foram doados via caixa 1 para a campanha de Luiz Fernando Pezão ao governo do Rio, e R$ 7,5 milhões teriam sido entregues em dinheiro vivo a Hudson Braga, secretário de Obras de Cabral.
“Poucas pessoas fizeram isso, ele (Kassab) reservou um pouco de dinheiro para ele”, Ricardo Saud, executivo do grupo J&F.”
O delator Wesley Batista, presidente global da JBS disse que Kassab recebia aluguel superfaturado de uma frota de caminhões alugados para a JBS desde o final de 2009, somando R$ 20 milhões ao longo dos anos - sem contrapartida do político. Em junho de 2014, executivos da JBS teriam doado R$ 7 milhões, por meio do caixa 2 (dissimulados com notas frias), para o PSD apoiar o PT. Kassab teria usado o dinheiro para pagar despesas pessoais segundo os delatores.
“Eu disse 'Eunício, isso aí vai quebrar o setor. Você arruma um jeito de mudar essa medida provisória pra nós e nós te ajudamos na campanha – igual ao que sempre fizemos”, Ricardo Saud, executivo do grupo J&F.
Teria recebido, nas eleições de 2014, propina de R$ 5 milhões para alterar uma medida provisória que disciplinava créditos de PIS/Confins em favor da JBS. O dinheiro foi entregue por meio de doação eleitoral oficial. O senador disse que nunca usou suas funções legislativas para favorecer empresas.