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Feijoada incompleta para os cariocas

Luiza Ferraz e Renata Buono | 15 set 2020_18h15
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A feijoada, prato típico brasileiro, ficou mais salgada depois da pandemia do novo coronavírus. Isso porque a alta do preço dos alimentos também atingiu o principal ingrediente da receita: o feijão. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que monitora mensalmente o preço dos itens que compõem a cesta básica em 17 capitais brasileiras, o feijão teve aumento em todas elas entre agosto de 2019 e 2020. Em fevereiro, por exemplo, antes de a pandemia começar, se um carioca comprasse 100 reais em feijão, conseguiria levar para casa 21 quilos do cereal. Seis meses depois, em agosto, os mesmos cem reais só compravam 14 quilos. Nesse período, houve um aumento de 55% no preço. Além do Rio de Janeiro, as capitais em que o preço do produto mais cresceu desde o início do isolamento social foram: Curitiba (53,5%), Florianópolis (48,8%), Vitória (44,8%) e Porto Alegre (43,3). 

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço do feijão nas capitais se justifica. Isso porque de janeiro a agosto, o feijão preto, utilizado pela Dieese no monitoramento daquelas cidades, registrou uma variação de 28,92%. Divulgada na quarta-feira (9) pelo IBGE, a inflação oficial do país para agosto ficou em 0,24%. Ela é medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que se refere a famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos. A taxa é a mais alta para o mês desde 2016 e foi puxada, principalmente, pelo preço dos alimentos e da gasolina. O valor acumulado para o ano foi de 0,70%.

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