A francesa Gisèle Marc, hoje com 79 anos, soube ainda criança que era adotada, mas levou décadas para descobrir que nasceu não em uma cidade francesa, mas em uma maternidade nazista na Bélgica, instalada no Castelo de Wégimont, perto da cidade de Liège. Esse abrigo e outros do gênero foram criados pela SS, o braço paramilitar do Partido Nazista, sob os cuidados da associação Lebensborn, com o objetivo de incentivar o nascimento de bebês de “sangue bom” e apressar a meta final da pureza racial ariana, conta Valentine Faure na edição de maio da piauí.
Para Heinrich Himmler, comandante das SS, os abrigos da Lebensborn deveriam servir “em primeiro lugar às noivas e esposas de nossos jovens homens das SS e em segundo lugar às mães ilegítimas de bom sangue”. Na prática, as “mães ilegítimas” eram a maioria. Nessas maternidades, mulheres solteiras podiam dar à luz e, caso quisessem, abandonar seus bebês, que seriam entregues a uma família adotiva que satisfizesse os critérios raciais dos nazistas.
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