Médias salariais altas, grande número de funcionários. As Assembleias Legislativas dos dois mais ricos estados brasileiros, São Paulo e Rio de Janeiro, estão entre as mais caras do país. Seus gastos também são altos se comparados a outras assembleias ao redor do mundo. Os Legislativos estaduais são o assunto da seção =igualdades desta semana.
O valor gasto anualmente para pagar funcionários da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (435 milhões) equivale a quase 2 anos de despesas do estado com ensino superior (238,7 milhões em 2018).
Para cada servidor lotado no gabinete da presidência da Assembleia de São Paulo (15), há 9 na do Rio (138).
Em 2018, o custo médio mensal de um servidor ativo da Assembleia de São Paulo foi de 19 mil reais. O valor equivale a 3 salários médios de médicos admitidos no país durante o mesmo período.
O número de funcionários da Assembleia de São Paulo (3.159) corresponde a todos os empregados do setor de geração de energia elétrica no estado.
Embora a Assembleia de São Paulo tenha um número menor de servidores ativos (3 159) em comparação com a do Rio (4 706), seu gasto com funcionários é maior. Um servidor da Assembleia paulista ganha, em média, 2,4 vezes mais que um da Assembleia do Rio.
O gasto anual com servidores da Assembleia de São Paulo (718,5 milhões) seria suficiente para manter os funcionários da Assembleia Estadual da Califórnia (custo anual de 309.5 milhões) por 2 anos.
O gabinete da presidência da Alerj possui uma área de 500m². Se dividida pelo número de funcionários, seriam 3,6m² por pessoa, mesma densidade do estádio do Maracanã lotado. Segundo o vice-presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro, um espaço adequado teria pelo menos 4m² por pessoa.
Fontes: Alerj, Alesp, California State Assembly, Caged, Secretaria de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro, Odebrecht e CAU/RJ.