04fev2010 | 21h22 | Cultura

Diogo Mainardi afirma que a bossa nova brasileira é uma das piores do mundo

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RIO DE JANEIRO (infelizmente) – Ontem, durante o seu influente programa semanal de televisão, “Isto é um país?”, o jornalista e escritor Diogo Mainardi sustentou que a bossa nova brasileira é medíocre, previsível, dissonante, simplória, cafajeste e pobre de espírito. “Pra vocês terem uma ideia, a bossa nova da Lapônia é melhor do que a nossa, e olha que eles descobriram o gênero no mês passado”, disse o polemista moreno. A tese vem se juntar a outras opiniões controversas de Mainardi. Há quinze dias, numa troca acalorada de ideias como crítico Roberto Schwartz, Mainardi declarou que, em qualquer país um pouco mais sério, Machado de Assis não conseguiria emprego sequer de escriturário. “Nem vírgula ele acerta”. Carlos Drummond de Andrade também não escapou da crítica: “Essa história de ‘Tem uma pedra/Tem uma pedra/Tem uma pedra…’ desvia, porra!” Arquitetos e historiadores aproveitaram o programa de ontem para fazer um protesto em frente à GLOBOSAT, emissora de “Isto é um país?”, em repúdio ao manifesto “As igrejas barrocas mineiras não são nem igrejas, nem barrocas e nem mineiras”, que Mainardi publicou há dias por uma pequena editora de Veneza. Mainardi enfrentou os manifestantes e deixou claro “que brasileiro protestando é pior do que música clássica búlgara”. Informações colhidas junto a funcionário da GLOBOSAT que não quiseram se identificar indicam que a direção da emissora ficou algo perplexa com as palavras que Mainardi usou para encerrar o programa: “Eu mesmo sou um péssimo Diogo Mainardi. Existem Diogos Mainardis muito melhores do que eu. É claro que nenhum deles jamais pôs os pés no Brasil”.