01mar2010 | 18h09 | Internacional

Lula propõe tratado capilar com Coréia do Norte

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Dilma promete dividir o país em Brasil do Norte e Brasil do Sul. “Se o Brasil do Sul não me eleger, lançaremos bombas.” No mapa, o Brasil do Sul corresponde mais ou menos a São Paulo

BRASÍLIA, TEERÃ e PYONGYANG – Depois de celebrar um tratado nuclear com o Irã, o presidente Lula seguiu para a Coréia do Norte, onde pretende assinar um tratado capilar com o ditador do país, Kim Jong Il. “A idéia é que Dilma e eu possamos usar o corte de cabelo dele. Em troca, o Brasil forneceria três ou quatro diretores de cinema, a serem seqüestrados em datas da conveniência do governo norte-coreano”, disse o presidente. Kim Jong Il, que gosta de cinema e já seqüestrou pelo menos dois diretores japoneses, declarou que as conversas com Lula “foram robustas e construtivas”, mas deixou claro que precisa refletir sobre a proposta brasileira. “Em 1982 assisti a um filme do Ipojuca Pontes e ainda não me recuperei”, explicou. Comentaristas políticos estão confusos quanto às razões que levaram o governo brasileiro a propor o acordo. “Acredito que seja uma jogada eleitoral”, disse Merval Pereira, no Jornal das Dez da Globonews. “Lula tem 86% de aceitação. Já a mais recente pesquisa feita na Coréia do Norte mostrou que a popularidade de Kim Jong Il é de 99,7%, e isso antes de executarem o anãozinho que discordava do regime, cuja opinião representava 0,3% do universo pesquisado. Como não existe Bolsa Família na Coréia do Norte, e Kim Jong Il não é corintiano, Lula concluiu que o cabelo tem alguma coisa a ver com isso.” Por esse raciocínio, Dilma teria em mãos uma arma poderosa contra a qual o seu adversário seria incapaz de se defender. “O Serra é careca”, teria lembrado Marco Aurélio Garcia, assessor da presidência para assuntos internacionais e idealizador da proposta. Comenta-se, porém, que a idéia teria nascido dentro da Petrobrás. Um alto funcionário do Planalto que não quis se identificar explicou: “O cabelo é um troço bacana e pode ajudar na eleição, mas o principal é levarem embora os diretores. Imagina se eles escolhem o Barretão, o Cacá ou o Jabor, que agora deu pra filmar de novo? Finalmente, o pessoal da Petrobrás poderá se dedicar a encontrar petróleo, ao invés de passar a vida indo à avant-première de filme.”