02dez2010 | 21h48 | Brasil

Documentos vazados revelam que governo brasileiro é um tédio

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BRASÍLIA – O vazamento dos telegramas diplomáticos americanos pelo site WikiLeaks vem causando grande constrangimento ao governo brasileiro. Uma fonte ligada ao Itamaraty revelou que cada nova revelação aumenta o sentimento de desconforto do Palácio do Planalto em relação à condução da política externa brasileira. "O Rei Abdallah da Arábia quer bombardear o Irã, a China quer a união das duas Coréias, o Sarkozy é inconstante, a Angela Merkel não tem imaginação, o Berlusconi está praticamente namorando o Putin e o Kirshner era chamado de maluco pelos seus próprios ministros", disse a fonte, constrangido. "E nós? Necas. Niente. Zilch. No máximo, o Jobim dizendo que o Chávez é meio chato."

Numa reunião tensa, Lula teria dado um murro na mesa e, diante dos ministros, passado uma descompostura em Celso Amorim: "Nem uma fofoquinha?! Nem um boatinho sobre quem está comendo quem no Ministério da Pesca?!!", gritou, aspergindo perdigotos no rosto do Chanceler. "Somos um porre! Assim jamais conseguiremos um assento no Conselho de Segurança da ONU!"

Numa tentativa frenética de convencer o embaixador americano a enviar alguma mensagem picante para Washington, o próprio Lula teria ligado para o diplomata para informar que "a Marisa acha o Obama jeitoso".

Paralelamente, o assessor especial para assuntos internacionais Marco Aurélio Garcia entrou em contato com a embaixadora dos EUA na ONU para fazer a confidência de que "Dilma acha o penteado da Hillary uma verdadeira catástrofe".

As medidas não surtiram efeito, e às 17h de ontem, horário de Brasília, um funcionário do consulado americano do Rio de Janeiro foi flagrado bocejando. Não foi possível confirmar a informação de que a maioria de seus colegas teria pedido transferência para Assunción, "onde ao menos o presidente é um padre cheio de filhos". No final do dia, um funcionário da Casa Civil anunciou a contratação de Joyce Pascovitch para espalhar fofocas infundadas entre membros do governo. Uma empresa de assessoria de imprensa ficará com a responsabilidade de vazar tudo para os americanos.