BRASÍLIA – Na primeira grande crise política do governo Dilma Rousseff, vários deputados do PT exigiram que a presidente dê uma resposta contundente ao problema da má distribuição de Marcelas Temer no parlamento nacional. “Somos 513 deputados, e só um tem direito a Marcela”, argumentou o deputado Nilson Mourão (PT-Acre), “além de ser injusto, isso fere os princípios de isonomia”.

Nilson Mourão acrescentou que não é tão bonito quanto Michel Temer – “Quem é?” –, mas isso não deveria ser razão para discriminá-lo.

Numa demonstração de que a proposta tem apoio universal no Congresso, a oposição concordou entusiasticamente com a posição de Mourão. Em entrevista a Radio Tupi, o deputado Rodrigo Maia declarou que a medida será fundamental para “tirar o meu pé da lama, pois desde 1997 não consigo arranjar uma namorada bonitinha”.

O senador Sergio Guerra pediu que Marcela Temer entregue até sexta-feira a sua árvore genealógica para mesa diretora do Congresso, assinalando com marcador amarelo as primas desimpedidas.

Enquanto as negociações no parlamento avançam, líderes da terceira idade promoveram um chá dançante no Retiro dos Artistas para manifestar o apoio a Marcela. “É bom saber que teremos alguém próximo ao poder zelando por nós”, declarou Suzana Vieira. “Essas iniciativas têm que ser laureadas. Senão, quem vai nos acompanhar dos bingos, jogos de cartas e na Dança dos Famosos?” Em seguida, a atriz cantou “A pipa do vovô não sobe mais”.

No final da tarde, Moreira Franco anunciou que o PMDB se reuniria com Dilma para sugerir Marcela Temer no Conselho Nacional dos Direitos do Idoso.