16mar2011 | 10h23 | Brasil

Assaltantes voltam a restaurante para pedir nota paulista

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SÃO PAULO – Dezoito restaurantes paulistanos assaltados na semana passada criaram uma associação destinada a diversificar o seu menu. Na Vila Olímpia, além do arrastão à la carte, as casas apostam no rodízio de furtos. "Vimos o que está sendo feito na concorrência e não podemos ficar para trás: traremos novidades do Sul da Sicília", declarou Maximino Giáccomo Corleone, dono de uma cantina do Bixiga.

Um grupo de assaltantes que invadiu uma churrascaria há três dias voltou ontem ao mesmo local. "A gente demos uma coronhada na fuça do mano que tocava piano, ele não pode mais vir e recebemos diversos telefonemas de agradecimento,” declarou o chefe do bando, José Antônio Barros Munhoz. “E a gente voltamos para cobrar o couvert artístico". Outro bando que promoveu 47 arrastões no Brás retornou aos restaurantes para cobrar a taxa de 10% e exigir a nota fiscal paulista. “Fizeram muito bem: São Paulo não pode parar”, aplaudiu José Serra

O governador Geraldo Alckmin culpou os governantes anteriores que, segundo ele, pouco investiram na gravação clandestina de delegados de polícia. Para conter o problema, anunciou a implantação de Unidade Pacificadoras Gastronômicas (UPGs). "Vamos investir em enchentes e engarrafamentos para dificultar a fuga desses criminosos", prometeu.