SÃO BERNARDO – Aturdido com a morte do único líder com o qual não conseguiu travar uma negociação, o ex-presidente Lula saiu de madrugada para a sacada de seu apartamento e fez um discurso de improviso. "Morreu um aloprado”, começou o ex-presidente, vestindo um pijama listado de calça curta. “Durante oito anos, mandei SMS, pergaminhos e sinais de fumaça pedindo para o homem participar de uma conciliação geral. Mas o cabra era tinhoso. Só queria saber de soltar bomba e beliscar miúdos de cabrito. Quero dizer que continuo à disposição para acabar com o terrorismo na base da camaradagem. Se o companheiro Obama quiser, faço palestras e organizo um churrasco no Afeganistão depois de amanhã", disse. O discurso foi acompanhado por dois bêbados, um vira-lata, um guarda-noturno e pela sempre atenta reportagem do Piauí Herald.

Partidos brasileiros se mobilizaram após o assassinato. De olho nas vagas abertas na Al Quaida com a morte de Bin Laden, uma comitiva de dezessete parlamentares do PMDB viajou hoje de manhã para o Paquistão. "Não podemos deixar nenhuma oportunidade passar em branco", explicou Michel Temer. Já o prefeito Kassab viaja hoje à noite a Islamabad para cooptar órfãos talibãs para o PSB. Aécio Neves não viajou porque, além de estar com a habilitação cassada, não frequenta países onde bebidas alcóolicas, boates e loiras sinuosas são proibidas. Delúbio Soares apresentou uma proposta à direção do PT concedendo perdão póstumo a Bin Laden. Eurico Miranda negou que Bin Laden fosse vascaíno e tenha se suicidado após amargar mais uma derrota para o Flamengo no domingo.

O presidente Barack Obama anunciou a próxima missão das forças especiais americanas. "Após êxito no Paquistão, a equipe que encontrou Bin Laden procurará uma camisa medianamente bonita no guarda-roupas do Faustão. Não prometo a vitória, mas garanto que o empenho será dobrado", disse, emocionado.

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