Lars von Trier desfilará na nova coleção de John Galliano
MILÃO – Após elogiar Hitler, Susana Vieira, Ed Motta, Jair Bolsonaro e a obra cinematográfica de Ipojuca Pontes, o cineasta dinamarquês Lars von Trier recebeu a Palmatória de Ouro e foi expulso do festival de Cannes. Mas o que parecia ser uma semana difícil para o cineasta acabou terminando bem. No final da tarde de ontem, Von Trier recebeu um convite para desfilar a nova coleção do estilista John Galliano, em agosto, durante Settimana della Moda di Teerã.
"Mahmoud Ahmadinejad sempre foi muito fashion oriented e desde a minha explosão em Paris ele vem insistindo para que eu crie a moda para a mulher antissemita contemporânea", disse Galliano, acrescentando que considera Von Tier a pessoa ideal para desfilar a nova coleção. "O modelo burguês de beleza é uma criação de banqueiros e industrialistas judeus", explicou, "Von Trier é maravilhosamente asqueroso, além de só tomar banho em feriados."
A atriz Kirsten Dunst reagiu com veemência à proposta de desfilar nua amarrada pelo pé a uma cabrita prenha: "Oh my God! Prefiro torcer pelo Vasco", teria gritado nos bastidores. Mais tarde, reconsiderou a proposta, "contanto que não insistam para que eu me suicide no final."
Lars Von Trier fechará o desfile com um vestido de noiva preto, no qual Galliano projetará cenas do filme O Triunfo da Vontade. O cineasta atravessará a passarela declamando versos do poeta fascista Ezra Pound e, ao final, intimará a platéia a invadir a Polônia.
Num gesto subversivo de ruptura com os padrões comportados do mundo da moda, a cauda do vestido de Von Trier misturará tafetá, zibeline e organdi.
Ao receber a notícia, Constanza Pascollato desmaiou.
Leia também:
Lars von Trier diz entender Ed Motta e é expulso de Cannes
Glorinha Kalil analisa moda violence chic das emissoras de TV
Leia Mais
Milei publica decreto para levar Beyoncé a Buenos Aires
Plano infalível de Daniel Silveira e Bolsonaro teve consultoria de Cebolinha
Oscar: sem Bolsonaro, militares são rebaixados à categoria de ator coadjuvante
Com viagem a Orlando para não passar a faixa, Bolsonaro cria o Dia do Fujo