Gleisi será a Gleisi da Gleisi
A imprensa brasileira reuniu-se ontem num resort de Campos de Jordão para definir quais serão os novos lugares-comuns a serem empregados pelos jornais e revistas no segundo semestre do ano. Merval Pereira, "a Eliane Cantanhêde do Globo", anunciou que, pelo menos até dezembro, só se referirá a Sergio Cabral como “a Yeda Crusius do Rio”. A notícia, que se espalhou rapidamente pela internet, provocou a reação imediata do Governador: “Esse Merval não passa de um Anastasia do Aécio.” Como ninguém entendesse, Cabral explicou: “Eu sou o Djavan do Executivo”.
Ficou acertado que Palocci não será mais tratado de “o Delúbio da Dilma”, nem Gilberto Carvalho de ”o Dirceu do Lula”. Em decisão considerada dura, a expressão “Fulano é a Dilma da Dilma” foi proscrita; sete usuários pesados foram encaminhados a clínicas de recuperação. Um deles se atirou do alto de um pinheiro, aos gritos de “eu sou o Tiradentes do jornalismo”.
Não houve consenso quanto ao modo de se referir à nova ministra da Casa-Civil. “Não conseguimos encontrar uma só fonte que a conhecesse". Alguém propôs a fórmula “a Gleise é a singularidade do espaço-tempo”, mas não houve entusiasmo. Como a noite apertava, ficou acertado que, por enquanto, “Gleisi será a Gleisi da Gleisi”. “Não quer dizer muita coisa”, disse a colunista Renata Lo Prete, “portanto não destoa muito do que escrevemos".
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