Base aliada anuncia construção de Museu da Corrupção
BRASÍLIA – Em mais uma etapa da faxina contra a corrupção, a base aliada convocou a imprensa para mostrar o projeto do MuCOR, o Museu da Corrupção. "Em apenas 45 anos, por uma pechincha que não chegará a 3,5 bilhões de dólares, decoraremos uma sala vazia do Congresso Nacional com itens que lembrem a história das pessoas que passaram por aqui", explicou o tesoureiro Delúbio Soares.
O projeto, desenhado por Santiago Calatrava, e erguido por Sergio Naya, terá espaço expositivo para exibir notas frias, contratos superfaturados e até uma réplica da motosserra de Hildebrando Pascoal.
Cada visitante receberá um áudio-guia narrado por Roberto Jefferson e um cartão corporativo.
Haverá também esculturas de cera dos anões do orçamento, dos aloprados, dos acusados do mensalão e de PC Farias. No centro do salão, uma instalação interativa permitirá que o visitante viole o painel do Senado, como fez ACM. Uma tela sensível ao toque também dará ao visitante a oportunidade de privatizar mineradoras, empresas de telefonia e de petróleo a preços camaradas. "Como o museu é interativo e sensorial, aconselhamos os visitantes a guardarem folders e panfletos na meia ou na cueca para que sintam a experiência na própria pele", explicou José Roberto Arruda, curador do museu.
Pensou-se também nas crianças, que poderão divertir-se simulando voos em jatos de empresários, pilotando modelos de helicópteros maranhenses e brincando de pega-pega numa réplica da Casa da Dinda.
Na saída, os frequentadores darão com um Fiat Elba estacionado. Por uma graninha depositada discretamente na mão do vigilante, poderão sair dirigindo. O carro virá com uma bela modelo selecionada por Jeany Mary Corner escondida no porta mala.
Ao cabo do evento de apresentação do projeto, o orçamento do MuCOR já havia aumentado para 4,3 bilhões.
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