03out2011 | 16h09 | Brasil

Governo estuda exigir diploma de humoristas

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honoris causis concedido pelo Instituto Antonio Carlos Mussum

BRASÍLIA – Pressionado pelo consulado português, o governo brasileiro estuda adotar medidas para conter a explosão demográfica de humoristas ocorrida nos últimos anos. Segundo o IBGE, em menos de uma década o número de comediantes será maior do que a lista de parlamentares do PMDB. "Os dados são alarmantes, mesmo quando levamos em conta que há profissionais que acumulam as duas funções", explicou Hermógenes Monsueto, presidente do IBGE.

Sob a liderança de Tiririca, deputados instauraram uma CPI para apurar os escândalos envolvendo piadas sem graça. "Vamos chamar esses abestados para depor aqui na Câmara. Aqueles que não fizerem a gente rir serão indiciados pelo Ministério Público", explicou.

O deputado ainda apresentou uma série de medidas para proteger a nação de trocadilhos infames, sarcasmos mal construídos e ironias incompreensíveis. A primeira medida consiste em equipar o INMETRO para realizar uma bateria de testes com pretendentes a comediantes. "Os proponentes terão de tecer comentários jocosos sobre canções de Roberto Justus, vídeos de Susana Vieira, o cabelo de Edison Lobão e os discursos de José Sarney frente a uma comissão composta por Fernanda Young, Iriny Lopes, Muricy Ramalho e Ariano Suassuna. Só receberá selo de qualidade quem conseguir arrancar uma gargalhada dos quatro, em uníssono ", explicou Monsueto.

Como precaução, o MEC incluirá questões envolvendo interpretação de piadas no ENEM. "O candidato que acertar todas, poderá pleitear um diploma de humorista, que será obrigatório para todos os comediantes a partir de 2014", explicou Fernando Haddad.

Para evitar abusos e dar uma reposta imediata à sociedade, o PROCON já está autorizado a multar autores de piadas sem graça.

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