21out2011 | 13h06 | Cultura

Ação preventiva do STF proíbe humoristas de dizer que Kadafi entrou pelo cano

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BRASÍLIA – Em ação apoiada pela OAB, Ministério da Justiça, ABI, ABL, Sociedade Cristã de Moços, CONAR, FIESP, FEBRABAN, FETRANSPOR, ECAD e parte considerável da sociedade civil brasileira, o Supremo Tribunal Federal aprovou uma emenda à constituição que impede qualquer humorista em território nacional de fazer jogo de palavras com a tubulação de esgoto na qual foi encontrada o ditador líbio Muamar Kadafi. “O Brasil já está sobrecarregado de escândalos e malfeitos”, declarou, em nota, o ministro Marco Aurélio Mello, relator da emenda. “Seria por demais extremoso e cruel permitir que humoristas descarregassem sobre o povo brasileiro o fardo de uma piada pronta e sem graça. Já não basta termos sido submetidos àquele filme Cilada.com”.

A iniciativa causou transtornos imediatos em vários setores do humorismo nacional. Redatores do Zorra Total pediram demissão. "Já tínhamos até filmado uma senhora gorda entalada num cano que gritava o bordão ‘acuda a véia’", explicou o diretor da Central Globo de Trocadilhos. O programa CQC foi suspenso “por não ver luz no fim do túnel”, segundo declaração de Marcelo Tas. Bruno Mazzeo foi despejado do prédio onde mora por não parar de repetir que “Kadafi entubou feio”. A direção da MTV informou que Marcelo Adnet está proibido de fazer rimas terminadas em "ano", "unel" e "ubo".

Em protesto contra a medida, Rafinha Bastos entrou numa manilha de esgoto da SABESP, a qual foi prontamente tampada com concreto pela prefeitura de São Paulo atendendo a apelo maciço da população do país. O programa Pânico na TV levará ao ar um quadro em que panicats se mutilarão seminuas com pequenos chicotes enquanto fazem pole dancing ao redor de um cano.  

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