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04nov2011 | 18h40 | Hieroglifos

Resultado do Concurso Cultural "Decifre Um Crítico"

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Antes de anunciar o resultado do grande concurso “Decifre um Crítico”, o qual já está inscrito nos anais do calendário intelectual brasileiro, faz-se necessário aduzir umas poucas observações.

Em primeiro lugar, resta claro que a interpretação de texto não é uma ciência, mas uma arte. Das 41 participações, sequer duas chegaram à mesma conclusão. Isto de modo algum depõe contra os participantes, antes sendo uma prova notável da força semântica do texto fonsequino.

Frente à riqueza do material recebido, foi deveras penoso eleger o campeão, e pelo menos três funcionários de nosso diário já não se falam mais, tamanha a paixão com que divergiram. A aspereza tomou conta de muitos de nós, e só o tempo conseguirá, porventura, curar as feridas. Decidimos, assim, premiar dois textos, ao invés de um só, os quais receberão, cada um, o Grande Pinguim Hermeneuta. Além disso, iremos também conceder duas menções honrosas, o , acompanhadas, cada uma, de um exemplar n. 62 de piauí.

Em breves palavras, passamos agora a justificar as laureas:

Grande Pinguim Hermeneuta (1)

Bianca Almeida, pela concisão da estratégica argumentativa e capacidade de transformar a densidade conceitual em um modelo de grande poder elucidativo.

Grande Pinguim Hermeneuta (2)

Igor Suzano Machado, por ter sido o único a trazer à baila os importantes conceitos de movimento sinedótico e assimilação catética, sem os quais é praticamente impossível compreender o escopo ululante da obra do autor. Não nos furtamos, entretanto, em observar que a compreensão de Suzano Machado acerca da obra de Jacques Lacan é bastante pobre.

Ora, convenhamos, não chega a ser um bilhete de Gilberto Gil, né?

Quando Rodrigo Fonseca diz que “Pela estratosfera do planeta Almodóvar, trafegam filmes cujas feições e inquietações são gestadas no feminino, antes de ganharem universalidade unissex”, ele não está mais do que fazendo uma refundação etimológica unibivalente do termo estratosfera, conjugando sua acepção científica ao neologismo que se depreende do inegável fato da esfera que habitamos se dividir em estratos sociais dentro dos quais é também inegável a estratificação por gênero. Com base nisso, propõe um movimento sinedótico,  em que a parte feminina ganha representação do todo da humanidade por meio da expressão artística de alguém que não se encaixa nos padrões de gênero dominantes da sociedade patriarcal, monista e conservadora, cuja umbicalidade da ligação latina une a Espanha de Almodóvar ao Brasil de Rodrigo Fonseca. E os exemplos que traz à tona dizendo que “São assim “A flor do meu segredo” (1995), “Tudo sobre minha mãe” (1999) e “Volver” (2006), todos regidos por um eros cicatrizante” não fazem mais que reforçar o argumento do crítico, ao demonstrarem como a metaforização da linguagem faz com que, por mais dilacerante que seja a metalinguagem da filmografia do diretor, ela cumpra a função de produzir uma sutura – nos moldes propostos por Jacques Lacan – capaz de dar unidade semântica ao todo, pela assimilação catética da validade do outro. Daí porque a necessidade de realçar a dimensão do “Eros” (e sua energia libidinal) e da cicatrização (e sua junção do que foi separado artificialmente). Mas seria ingênuo, e até mesmo contraditório, o crítico se ater a essa dimensão da obra de Almodóvar, sem mostrar que ela também depende de uma relação tensa entre opostos. Por isso, Fonseca destaca que “Para além deles, numa ionosfera estética mais aberta a diálogos com gêneros cinematográficos como o policial, gravitam histórias de ambiguidades, brutalidades e voracidades masculinas, sob o cabresto de tânatos” sendo que  “Matador” (1986), “Ata-me” (1990), “Carne trêmula” (1997), “Má educação” (2004) e “Abraços partidos” (2009) têm essa toada. Assim, ultrapassa a estratosfera do outro, a ionosfera do outro do outro, que, como Lacan nos ensinou, não existe. E é justamente essa parte da obra de Almodóvar que não existe, mas insiste em se fazer presente, que traz a reboque a pulsão de morte de tânatos, como exterior constitutivo de Eros, a guiar-lhe tal qual montador virtuoso sobre montaria indômita, que faz de seu maior aliado, reconhecer que não conhece o âmago do que desafia. A conseqüência disso seria esperar dessa parte da filmografia de Almodóvar maior crueza. Porém, como destaca Fonseca, “Curiosamente, esses são os longas-metragens de maior refinamento visual do cineasta espanhol”. O crítico não explora a fundo a contradição – o que talvez seja o ponto mais criticizável de uma metacrítica da crítica. Mas essa obliteração mesma pode ser entendida como parte do convite ao telespectador, que se espera haver ao fim de qualquer crítica, inserindo o óbvio por caminho menos ululante. O convite é reforçado quando diz que “É a essa porção mais viril (e plasticamente requintada) de sua obra que “A pele que habito"  (“La piel que habito”) se filia”. E se torna um convite ainda mais irresistível quando o crítico se deixa vencer pela estética do autor e solapa os requisitos de pertencimento à criticada sociedade patriarcal monista e conservadora no êxtase estético-sexo-hormonal da frase final , que magistralmente joga mais uma vez com os opostos – ao encerrar fazendo referência a uma evidência “inicial” – e se entrega ao júbilo de destacar  “o regresso de Antonio Banderas ao ninho do realizador que fez dele um muso na década de 1980.”

 

Menção Honrosa  (1)

Rogério Reis, pelo esforço, infelizmente malogrado.

Menção Honrosa  (2)

Marcelo Fonseca de Melo, em quem identificamos grande talento, eivado, no entanto, de notável falta de ambição, como deixa claro na última frase do texto. Tome jeito, menino. 

Para desvendar o sentido concreto da palavra abstrata da coluna do crítico Rodrigo Fonseca é preciso considerar a presença de elementos tácitos e idiossincráticos na obra de Pedro Almodovar.  Elementos estes que contribuem sobremaneira para a heurística seletiva das películas do cineasta em questão.  Com isto em mente ficam óbvios os significados dos termos “eros cicatrizante”, “ionosfera estética” e “cabresto de tânatos”, cabendo apenas nos debruçarmos na interpretação do trecho “são gestadas no feminino, antes de ganharem universalidade unissex”, o que entendo ser tarefa impossível de ser cumprida antes das 17:30.

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